Cotidiano

“Paraguaizinhos” vazios

Embora o Natal seja sinônimo de boas vendas, alguns comerciantes não estão tão otimistas assim. São os lojistas dos populares “paraguaizinhos”, que vendem brinquedos, eletrônicos, acessórios, entre outros produtos.

Ligiane Bueno Barbosa Orloski possui uma loja na região do Bairro São Cristóvão há nove anos, e está descontente com as vendas registradas até o momento. “Este ano foi muito difícil, de movimento fraco. Com o pagamento da primeira parcela do 13º salário até que vendi um pouco mais, mas bem menos que no ano passado. Acho que o pessoal aproveitou o dinheiro que tinha para pagar as contas e não para gastar mais”, comenta a vendedora.

A comerciante diz ainda que, por enquanto, a procura é por enfeites natalinos e não por presentes. “Só saiu árvore de Natal e pisca-pisca. Os presentes saem mais perto da semana de Natal, mas não vai ser muita coisa”, lamenta.

E não é só Ligiane que está pessimista quanto ao seu faturamento. Odacir de Moura, que há 11 anos trabalha com vendas, afirma que elas estão bem fracas. “Em 2016 estava melhor”, diz.

Câmbio

O comerciante lembra ainda que, diferentemente de anos anteriores, ir até o Paraguai para adquirir as mercadorias já não compensa mais, principalmente por conta do câmbio. “Compro muitas das coisas que tenho aqui nos atacados em Francisco Beltrão. Com o dólar alto fica difícil, além de que comprando no Brasil temos a garantia da nota fiscal”, relata.

Apesar disso, o vice-presidente do Sindilojas (Sindicato dos Lojistas e do Comércio varejista de Cascavel e região Oeste do Paraná), Leopoldo Furlan, estima que o comércio fature nesta época do ano de 3% a 4% a mais em relação a 2016.