São Paulo – O mercado passou a ver alta de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic) nesta semana, ao mesmo tempo em que elevou suas previsões para a taxa Selic e a inflação ao fim deste ano e passou a ver maior desvalorização do real.
Com a Selic na mínima histórica de 2% ao ano, o Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne nesta quarta-feira (17) e a expectativa na pesquisa Focus do Banco Central divulgada ontem é de que a taxa básica de juros suba a 2,50% ao ano.
O levantamento apontou também que a projeção agora é de Selic de 4,50% ao fim de 2021 (antes era 4%), terminando 2022 a 5,50%.
Para a inflação, a projeção para este ano subiu pela décima semana seguida e chegou a 4,60%, de 3,98% antes e bem acima do centro da meta oficial, de 3,75%.
Para 2022 segue a expectativa de alta do IPCA de 3,50%, exatamente no centro da meta. Para ambos os anos a margem de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Os especialistas consultados também passaram a ver maior desvalorização do real, calculando o dólar a R$ 5,30 e R$ 5,20 respectivamente neste ano e no próximo, de R$ 5,15 e R$ 5,13 antes.
Já o cenário para a atividade econômica piorou, com o crescimento do Produto Interno Bruto calculado em 3,23% e 2,39% respectivamente em 2021 e 2022, 0,03 e 0,09 ponto percentual a menos do que na semana anterior.