O casal que foi preso após sequestrar uma menina de 4 anos em Palhoça, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina, tinha como motivação praticar abuso sexual e produzir materiais de pornografia infantil, informou nesta quarta-feira (30) a Polícia Civil, após concluir o inquérito sobre o caso.
Conforme as investigações, o casal preso aliciava crianças de famílias pobres para cometer abusos e produzir material pornográfico com elas. Ao menos oito famílias foram ouvidas pela polícia. Em dois casos, ficou comprovada a prática de crime, incluindo um estupro de vulnerável.
Segundo o delegado Fábio Pereira, responsável pelo caso, as investigações apontaram que a menina que foi sequestrada em Palhoça não chegou a ser abusada sexualmente. Porém, de acordo com ele, a polícia concluiu que essa era a intenção do casal porque esse era o modus operandi dos investigados. Conforme Pereira, os dois agiam procurando famílias pobres nas redes sociais e tentavam se aproximar oferecendo ajuda com a intenção de praticar os crimes.
“Eles se aproximavam dessas famílias dando cestas básicas, passeios, presentes para crianças, ganhavam a confiança das famílias, e alguns pais deixavam que as crianças passeassem… teve criança que restou apurado que passou mais de um mês na casa do casal. E uma dessas crianças foi vítima de crimes de abuso sexual, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (…) e também essa mesma criança teria sido vítima de estupro de vulnerável. Outras crianças foram levadas para a residência, mas não ficou apurado que elas teriam sido vítimas”, disse o delegado durante coletiva na Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis, em Florianópolis.
Ainda conforme Fábio Pereira, o casal foi indiciado por crimes de sequestro qualificado, estupro de vulnerável, abuso sexual, lesão corporal grave (contra a mãe da menina de Palhoça), armazenamento de pornografia infantil e maus-tratos a animais (contra uma cadela encontrada na casa do casal). Os dois estão presos preventivamente.
Segundo o delegado, eles foram ouvidos na terça-feira (29). Em depoimento, a mulher, de 29 anos, disse que só queria ajudar crianças carentes. Já o homem, de 44 anos, ficou em silêncio.
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Fonte: NSC Total