Cotidiano

Presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná pede ajuda da população

Roberto Issamu Yosida fez o apelo após morte 23º médico por complicações da covid-19

Presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná pede ajuda da população

A morte do neurologista e neurocirurgião de Curitiba, Paulo Eduardo Carneiro da Silva esta semana foi a 23ª de um médico por complicações da covid-19 no Paraná. O Dr. Paulo Eduardo, de 59 anos e 33 de atividade profissional e  fazia parte do grupo de linha de frente do combate à pandemia que vinha atuando em serviços médico-hospitalares da  capital.

O presidente do Conselho, Roberto Yosida, também lamentou a perda do profissional, tendo acentuado o quanto a doença tem sido impactante entre os médicos e demais profissionais de saúde, sobretudo àqueles que todos os dias se lançam na missão de salvar vidas. De acordo com ele, 11.774 profissionais de saúde tiveram confirmação até agora de contágio pela doença, incluindo 978 médicos.

O presidente do CRM (Conselho Regional de Medicina), Roberto Issamu Yosida, fez um apelo à população que seja companheira e não inimiga na guerra contra a covid-19. “Os médicos e médicas do Paraná e do Brasil estão em um esforço para atender toda a sociedade brasileira. Embora seja um profissional treinado, também tem sua família, angustias e problemas. O nosso pedido é que a população nos ajude a lutar nesta guerra”, desabafou o médico, mostrando medo com o que pode acontecer nas festas de final de ano. “Vamos passar o Natal e o Fim de Ano, época quem deveremos redobrar os cuidados, para que no futuro próximo as coisas não piorem”, completou.

O presidente do CRM lembrou que, além do trabalho de um médico normal, existe um adicional de fato estressante que é o risco de contaminação. “Qualquer tipo de atendimento sempre tem o risco, por mais que não seja em uma área covid. Ao longo do tempo, isso acaba afetando todos os médicos, ainda que não estejam na linha de frente com pacientes infectados”, lembrou.

Roberto Issamu Yosida, mostrou esperança com a vacina que está por vir e pediu que a política não atrapalhe. “A política só atrapalha neste sentido. O que precisamos é das validações necessárias para a segurança da vacina e certamente os profissionais da saúde serão prioridade para receber isso”, concluiu.

 

Redação com Banda B