Saúde

Saúde oferece atendimento humanizado a pacientes com alta hospitalar e que precisam de assistência domiciliar

PAID (Programa de Assistência e Internamento Domiciliar) já atendeu quase 2 mil pacientes

Saúde oferece atendimento humanizado a pacientes com alta hospitalar e que precisam de assistência domiciliar

Passar dias, semanas e até meses em uma cama de hospital exige muito de qualquer paciente. Mesmo após a alta hospitalar, o cuidado não pode cessar, pois o corpo, muitas vezes, passou por um trauma significativo e precisa de atenção máxima. Para dar continuidade aos serviços que antes eram desempenhados em uma unidade de saúde, a equipe multiprofissional do Paid (Programação de Assistência e Internamento Domiciliar) de Cascavel realiza gratuitamente todo o apoio para a adaptação desse paciente em casa, acompanhando a evolução do quadro e também orientando a família como prestar todos os cuidados ao enfermo.

Esse serviço está disponível na rede de saúde desde 2005, inclusive, se tornou referência para a Política Nacional de Atenção Domiciliar. No ano passado, havia 321 novas admissões pelo programa em Cascavel. Neste ano, até o momento, o número é de 332, chegando a marca total de 1.890 atendimentos do Paid. Atualmente, são 220 pacientes ativos.

De acordo com a gerente de Atenção Especializada, Giovanna Carolina Guedes, o serviço conta com profissionais das áreas de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia, Farmácia e Serviço Social, que prestam atendimento domiciliar a pacientes com necessidade de assistência de média a alta complexidade de cuidado e que demandam de atendimento no mínimo semanal. “A manutenção do Paid hoje se justifica pela possibilidade de desospitalização precoce, com liberação de leitos para doentes que deles necessitam e também pela redução de complicações decorrentes de longas internações hospitalares, com diminuição dos custos envolvidos em todo o processo de hospitalização. Somam-se a essas justificativas a possibilidade de ofertar um atendimento mais humanizado para o usuário e sua família”, pontua.

Durante a pandemia os atendimentos do programa foram reorganizados de forma a evitar o trânsito excessivo de pessoas no domicílio dos pacientes atendidos, tendo em vista que esses são do grupo de risco e a circulação de pessoas poderia ocasionar aumento na chance de transmissão do vírus. “Assim, os atendimentos de forma remota foram intensificados, através de contatos telefônicos, e as visitas foram privilegiadas para os casos em que se verificasse a necessidade”, explica a gerente.

A família da Graciele dos Santos Libardoni precisou do serviço para prestar os cuidados ao avô Eernesto Guerino de Negri Libardoni (in memorian), que teve um AVC e tinha a diabetes como comorbidade. Ela, bem como toda a família, aprovaram o do serviço, que os auxiliou no momento bastante delicado. “Avalio como um serviço essencial que olha o ser humano de forma humana, conduzido por profissionais de um coração enorme, que amam o que fazem e dão o máximo de si para o melhor do paciente e sua família. É o melhor serviço do município, serve como exemplo para várias cidades”, observa.

Para encaminhamento ao Paid, os pacientes devem ser referenciados pelas Unidades Básicas de Saúde, Unidade de Saúde da Família, Unidades de Pronto Atendimento e Hospitais vinculados ao SUS, baseados em critérios estabelecidos para inserção no Programa.

Confira os principais objetivos do PAID:

  • A realização de treinamento e capacitação do cuidador para execução das atividades de cuidado;
  • Estimular o paciente para o autocuidado, buscando sua autonomia e a possibilidade de transferência de cuidados para a Atenção Primária;
  • Buscar a desospitalização precoce, permitindo que o paciente seja reinserido no seu meio social e familiar;
  • Auxiliar no fornecimento de tecnologia de suporte à vida que possam ser manuseadas em domicílio.