Cotidiano

Obras do Novo Trevo nem começaram e já são adiadas

Foto: Gilson Abreu
Foto: Gilson Abreu

Cascavel – Lançadas há 20 dias para “início imediato”, as obras para limpeza e realocação de interferências, que dariam o start para o começo efetivo da readequação do Trevo Cataratas, em Cascavel, já sofreram atraso. Segundo o superintendente da Ecocataratas, Silvio Caldas, esse trabalho ficou para a primeira quinzena de setembro.

Durante participação da reunião semanal empresaria da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), na última quinta-feira, Silvio disse que o trabalho – que consiste em retirar e reposicionar postes de alta tensão – ainda depende de aprovação da Copel. Isso que, na prática, esse é apenas um serviço relativamente simples, porque a obra, em si, ainda não tem data para ter início.

Uma operação complexa e demorada precisará ser vencida para reestruturar o Trevo Cataratas e superar deficiências que fazem dele um dos principais gargalos rodoviários do Paraná. Somente em desvios, para que as equipes tenham acesso à área central do trevo, serão necessários quatro quilômetros de pistas.

À Acic, Silvio deu detalhes dos projetos de desvio do trânsito necessário durante a obra de readequação e pediu a colaboração e a paciência dos motoristas que passam pelo local.

Para que os trabalhos ocorram como planejado, a operação será dividida em fases. Depois dessas tarefas consideradas preliminares, como a retirada de postes de alta tensão, é que serão feitos os desvios, que garantirão todas as conexões hoje possíveis no local, afinal, o trevo é um entroncamento das BRs 277, 369 e 467.

Com 50 anos, o trevo recebe 45 mil veículos diariamente. Em momentos de pico, são 3,5 mil por hora. “O maior desafio dessa operação toda será executar a obra sem que carros, ônibus e caminhões saiam [das rodovias]. Teremos de conviver da melhor forma possível para que os trabalhos possam ser realizados”.

Dentro das obras iniciais, Sílvio citou, além dos desvios, 2 quilômetros de bueiros, 70 mil metros quadrados de pavimentação, instalação de 230 postes de lead, 2 viadutos com 900 metros de extensão, nova passarela, 800 metros de contenção, 2,6 mil metros de barreiras de concreto e defensas metálicas. Para executar tudo isso serão necessários 7 mil metros cúbicos de concreto e 850 toneladas de aço.

O prazo máximo para a realização da obra é de dois anos.

O dinheiro para a execução dos trabalhos virá de acordo de leniência da Ecocataratas com o Ministério Público Federal. E o trevo, que deverá exigir R$ 82 milhões, faz parte de um pacote de obras de R$ 130 milhões.

Sílvio informou sobre quatro obras propostas pelo DER no acordo: a reestruturação do trevo, a construção de alças no km-585 da BR-277, melhorias em marginal no perímetro urbano de Foz do Iguaçu e a implantação de terceiras-faixas entre Cascavel e Guarapuava.