O Núcleo de Ponta Grossa (nos Campos Gerais) do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Paraná cumpriu na manhã desta terça-feira (4), 15 mandados de busca e apreensão na segunda fase da Operação Sutileza, que apura possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, advocacia administrativa e falsidade ideológica envolvendo servidores da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Ponta Grossa e despachantes credenciados.
Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Ponta Grossa, foram cumpridos na sede da Ciretran (cinco), em residências (cinco) e em escritórios de despachantes (cinco), todos em Ponta Grossa. Os alvos são quatro servidores públicos e cinco escritórios de despachantes credenciados pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).
Apuração – As investigações tiveram início no final de 2018, a partir de informações encaminhadas pelo próprio Detran-PR que apontavam indícios de que um servidor do órgão recebia vantagem indevida para beneficiar determinados despachantes e particulares. Entre as ilegalidades cometidas, estariam a emissão de documentos em desacordo com a legislação, a aprovação indevida de pessoas em exame para habilitação e a omissão de irregularidades em inspeções veiculares. Após a primeira fase da operação, realizada em dezembro de 2019, foram obtidos indícios da participação de outros servidores nos crimes, agora alvos dos mandados de busca e apreensão.
Além das buscas, o Poder Judiciário determinou a suspensão do exercício da função pública de um dos servidores investigados e proibiu o seu acesso a todos os postos do Detran-PR.
O promotor de Justiça Antônio Juliano Albanez, coordenador do Gaeco em Ponta Grossa, fala sobre os mandados cumpridos nesta terça (4) na Operação Sutileza:
Fonte: Ministério Público do Paraná