A publicação da Lei 13.670/2018 que permite a redução de R$ 0,46 no litro óleo diesel como parte do acordo do governo com os caminhoneiros para encerrar a paralisação realizada no fim de maio não incidiu de forma imediata na planilha de custos do transporte coletivo urbano de Cascavel, conforme explicou ontem o presidente da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito), Alsir Pelissaro.
De acordo com ele, além do óleo diesel ser apenas um dos insumos que interferem na elaboração da tarifa que chega ao passageiro, para o calculo da tarifa o contrato estabelece como período de avaliação dos insumos dois meses antes da data-base de reajuste. "Como a data-base é dezembro, o cálculo da tarifa vigente foi outubro de 2016 a outubro de 2017, ou seja, todas as variações do óleo diesel que ocorreram posterior a esse período não foram repassadas à tarifa até o momento, pois serão utilizadas para o cálculo da próxima tarifa, a ser calculada em dezembro deste ano", detalhou Pelissaro.
Segundo Pelissaro, de outubro de 2017 a maio de 2018 houve uma elevação do óleo diesel em 16,22%, que representa R$ 0,43; e essa medida provisória que reduziu o diesel por 60 dias também será considerada no cálculo.
Reajuste menor
Pelissaro lembrou também que quando o prefeito Paranhos assumiu, em 2017, houve bastante diálogo com as empresas, aceitaram o reajuste menor que a defasagem de 2016 e foi aplicado apenas em maio, quando o contrato determinava o reajuste já no mês de janeiro. Para este ano, mesmo com o acumulado de 2016 e a planilha de custos de 2017, as empresas acabaram protocolando um pedido de reajuste que foi considerado "moderado", de apenas 2,76%, que refletiu apenas R$ 0,10, resultado de diálogo e ampla negociação da administração municipal e as concessionárias.