Toledo – O número de mortes em confrontos com policiais (militares e civis) e guardas municipais no Estado do Paraná teve redução de 6,12% em 2019, em comparação com o ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, que tem entre suas funções o controle externo da atividade policial. Foram registradas 307 mortes em 2019, contra 327 em 2018. É a primeira vez que esse número tem um decréscimo desde que o Gaeco passou a fazer o controle desses registros, em 2015.
Entre os casos, 294 envolveram policiais militares, seis ocorreram em confrontos com policiais civis e sete com guardas municipais. As cidades com maior número de casos foram Curitiba (78), Londrina (36), São José dos Pinhais (18) e Cambé (12). No oeste, Toledo teve mais casos, com quatro mortes, e ficou na 14ª posição estadual. Também aparecem na lista Cascavel, Catanduvas e Terra Roxa, com três mortes cada uma, e Foz do Iguaçu, Palotina, Terra Roxa e Três Barras, com uma morte cada. No total, houve morte em confronto em 74 cidades paranaenses ano passado.
Estratégia nacional
O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do MPPR com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens conduzidas pela polícia. As iniciativas do Ministério Público são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Além disso, a exemplo dos demais MPs do Brasil, o Ministério Público do Paraná aderiu ao programa nacional “O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança.
A iniciativa do CNMP tem como objetivo assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.
As tabelas abaixo apresentam os dados por semestre desde 2015 e as cidades com maior número de mortes.