Opinião

Acesso restrito

Por Carla Hachmann

Enquanto a China se programa para começar a erguer as barreiras impostas há três meses para conter o novo coronavírus, após passar o pico da epidemia, o restante do mundo vai adotando suas estratégias para se proteger.

Vários países fecharam suas fronteiras, a exemplo de quase todos os vizinhos sul-americanos. O Brasil resiste em adotar a estratégia, embora outras começam a ser anunciadas, como suspensão de aulas e de eventos populares.

Três meses após o mundo saber que havia um novo coronavírus entre nós, as opiniões ainda são muito divididas. Enquanto uns alardeiam o perigo iminente, outra parcela insiste em menosprezar a doença. Nem tanto o céu nem tanto a terra. É preciso ter bom senso. Afinal, há um risco real, que aumenta as chances de morte de quem já tem algum problema de saúde. E, se uma boa parcela da população sobrevive, ótimo! Mas é nosso dever também ajudarmos a proteger os mais frágeis. Até porque daqui a pouco pode ser um dos nossos a entrar nessa estatística.

De consenso até agora, é que o covid-19 não vai dizimar a raça humana, mas ele pode deixar tristes sequelas.

Um dos grandes estragos, pelo que já se desenha como inevitável, será na economia. E, conforme sua proporção, pode causar ainda mais mortes que o próprio bichinho do corona.

Por isso que até mesmo a turma do “não acredito” e “ninguém vai me deixar preso” precisa considerar os esforços da maioria para que tudo termine logo e da melhor forma possível. Ignorar e desrespeitar os apelos das autoridades é jogar contra a própria (e de outros) vida.