Policial

Policiais Militares saem do Gaeco após prisão de capitão

A saída dos PMs acontece quase três meses após a prisão em flagrante do capitão da Polícia Militar Elias Marinho, que chefiava o setor de investigação do núcleo de Foz do Iguaçu

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 

Foz do Iguaçu – Os policiais militares que integravam o Núcleo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público em Foz do Iguaçu deixaram suas funções no órgão. A saída dos PMs acontece quase três meses após a prisão em flagrante do capitão da Polícia Militar Elias Marinho, que chefiava o setor de investigação do núcleo de Foz do Iguaçu. Ele foi preso no dia 28 de dezembro do ano passado quando recebia cerca de R$ 20 mil em dinheiro no estacionamento de um shopping de Curitiba.

A informação da saída dos PMs dos cargos foi confirmada por fontes ligadas à corregedoria da Polícia Militar. Contudo, não há informação se o pedido foi feito pelo próprio MP, mas a prisão do capitão, que atuava havia dez anos no grupo, abalou a imagem da instituição e pôs em dúvida a credibilidade do trabalho realizado pelos policiais no combate ao crime organizado na fronteira.

Não há informação de denúncia ou investigação dos servidores recém-afastados.

A investigação

Marinho está preso na Corregedoria da Polícia Militar em Curitiba e deve responder pelo crime de corrupção passiva.

O capitão começou a ser investigado após uma denúncia feita ao MP dando conta que o policial havia pedido R$ 100 mil a um empresário para evitar uma investigação.

O Gaeco informou, na época, que o empresário confirmou que havia sido procurado pelo capitão com a justificativa de que poderia abrir uma investigação porque haveria suspeitas contra ele, mas o empresário não aceitou a investida de Marinho.

Quando o setor de inteligência da Sesp (Secretaria de Segurança Pública) conseguiu identificar o empresário, entrou em contato com ele. Por meio de foto, o empresário confirmou se tratar do policial militar. Para ajudar nas investigações, o empresário aceitou fazer o pagamento dos R$ 20 mil, momento em que o capitão da PM foi preso em flagrante.