A morte de um paciente do sexo masculino e o registro de 21 casos de H1N1 em Cascavel deixaram as autoridades de saúde em alerta. O homem que morreu tinha 50 anos, estava internado em um hospital particular da cidade e a doença evoluiu rapidamente. Na manhã de ontem a Secretaria Municipal de Saúde convocou uma coletiva de imprensa para detalhar o caso e esclarecer que não há motivos para pânico.
O paciente chegou ao hospital dirigindo o próprio carro no dia 6 de junho, mas o quadro se agravou e ele morreu seis dias depois, na terça-feira da semana passada. O resultado que apontou H1N1 (Gripe A) como causa da morte foi divulgado anteontem pela Secretaria de Estado da Saúde.
Como em anos anteriores, pacientes que chegam às Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e nos hospitais da cidade com sintomas de gripe são medicados com o antiviral Tamiflu, que é distribuído gratuitamente. “Todo o paciente que após a consulta médica tenha uma suspeita de quadro gripal vai sair com a receita tanto do hospital publico ou privado ou nas upas com o medicamento”, diz o secretário de Saúde Rubens Griep.
Beatriz Tambosi, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, explica que cinco casos foram diagnosticados nas UPAs, onde funcionam as chamadas unidades sentinelas, e outros 16 em hospitais da cidade.
Unidades sentinelas
A diretora explica que nas unidades são investigados não apenas o H1N1, mas um total de 14 vírus respiratórios. “O principal papel da unidade sentinela da gripe é fazer esse acompanhamento dos casos de vírus respiratórios no município e poder avaliar se está tendo algum comportamento atípico ou surgimento de vírus novos”, detalha.
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Cuidados
Luciana Tavares, médica da Secretaria Municipal de Saúde, lembra da importância da vacina para os grupos prioritários, mas destaca que apenas a imunização não protege 100%. Prova disso é que dos 21 casos de H1N1 registrados em Cascavel, três foram vacinados e mesmo assim contraíram a doença.
“A vacina é o principal fator de proteção, mecanismo importante de defesa especialmente para a evolução de forma grave”, explica a médica.
É preciso reforçar os cuidados com medidas adicionais como o hábito de lavar as mãos, evitar ambientes com aglomeração de pessoas e etiqueta respiratória – cobrir a boca e nariz com um lenço de papel quando tossir ou espirrar ou fazer isso no antebraço.
Vacina
Em Cascavel, a campanha nacional de vacinação contra a influenza que termina hoje atingiu 98% do público alvo. A preocupação é com relação às crianças. Segundo os dados da Secretaria de Saúde, apenas 60,6% foram vacinadas.
