Brasília – O impasse em torno dos custos de operacionalização do novo programa habitacional do governo acabou adiando seu lançamento para o primeiro semestre de 2020. O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, disse nessa sexta-feira (20) que o custo passado pelos agentes operadores e financeiros está “muito alto para o que o governo desejaria”.
O ideal, segundo ele, é que a operação consuma no máximo 10% do voucher que será dado às famílias para construir, reformar ou adquirir a casa própria. O tíquete médio desse crédito está avaliado em R$ 60 mil.
O novo programa habitacional do governo deve transferir diretamente para os beneficiários um “voucher”, vale que garante um crédito em dinheiro, num valor a ser determinado conforme a região. A ideia é beneficiar famílias com renda de até R$ 1,2 mil mensais em média que vivem em moradias precárias nos municípios com até 50 mil habitantes. A seleção será feita com base no Cadastro Único, mesma base de dados do Bolsa Família.
Segundo Canuto, o ideal é que fosse possível assegurar ao menos 50 mil unidades no primeiro ano de contratações do novo programa. Pelo voucher médio de R$ 60 mil, isso significaria um custo de R$ 3 bilhões.
Os R$ 2,1 bilhões assegurados no Orçamento 2020 para o Minha Casa, Minha Vida são suficientes apenas para as obras já em andamento.