Policial

46 agentes penitenciários concluem Curso de Formação em Segurança Externa

Os alunos foram certificados após 120 horas de atividades teóricas e práticas de emprego adequado de técnicas de abordagem e revista

46 agentes penitenciários concluem Curso de Formação em Segurança Externa

A Espen (Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário) formou os 46 concluintes do Curso de Formação em Segurança Externa na manhã desta quinta-feira (12), no auditório da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC), em Curitiba. Os alunos foram certificados após 120 horas de atividades teóricas e práticas de emprego adequado de técnicas de abordagem e revista, legislação aplicada ao sistema penal, armamento e tiro, tecnologias não-letais, direção defensiva e ostensiva e operação de bodyscan, entre outras disciplinas.

De acordo com a diretora da ESPEN, Marilza Stadler de Campos Hack, o curso é importante para padronizar as ações e atividades desempenhadas pelo Setor de Segurança Externa (SSE) do Departamento Penitenciário. “É uma formação que vai melhorar os serviços da área. Os agentes do SSE são a vitrine do Depen, porque são eles os responsáveis pelos controles de acesso e segurança, são o primeiro contato entre os visitantes e o Departamento”, afirmou.

Durante a cerimônia, o diretor da Escola Superior da Polícia Civil e ex-diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo Moura, lembrou da importância da capacitação na construção de uma história de agentes cada vez mais profissionais. “Aprendi muito nos três anos em que estive à frente do Departamento Penitenciário e hoje estamos em outra realidade, por isso, estes servidores precisam estar prontos e preparados para passar da melhor forma possível”, destacou.

O curso de Formação em Segurança Externa era uma demanda antiga do setor. “A oferta deste curso foi uma missão para mim. Muitos acharam que não teria, mas agora estamos aqui, concluindo a segunda turma”, destacou uma das coordenadoras do curso durante o evento, Rafaella Baggio, que aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio recebido  na elaboração da instrução.

“É sempre bom ser aluno, gosto de dizer que sou um eterno aluno e instrutor às vezes. Toda vez que estou em um curso é uma gratificação, porque estou aprendendo e evoluindo junto ao Departamento Penitenciário. Quando entrei, não tínhamos estrutura, nem apoio para uma formação como esta e, até por este motivo, precisamos aproveitar tudo isso”, ressaltou outro coordenador, Rodrigo Almeida.

A primeira edição ocorreu em abril deste ano, com agentes penitenciários que já integravam o quadro do SSE, mas que ainda não tinham passado pela instrução. Nesta segunda edição, segundo a diretora da ESPEN, alguns dos formados alguns vão compôr o controle de acesso do Complexo de Piraquara e outros a portaria de acesso da Colônia Penal Agroindutral.

O curso ocorreu em regime de semi-internato, entre os dias 02 e 11 de dezembro, no Centro de Treinamento Tático da Divisão de Operações e Segurança do Depen. Na cerimônia de formatura, além da entrega de certificados aos 33 concluintes, foram destacados os melhores alunos da segunda turma: Ricardo Alves Ribeiro Couto e Samantha Luiza Signori.

O instrutor de direção defensiva e ostensiva, Paulo Henrique Tissi Munhoz Duarte, aproveitou o momento para também homenagear a diretora da Espen, Marilza Hack, em nome de todos os colaboradores da instituição, e o melhor aluno do módulo, Rafael Castro Pereira. “É quem nós julgamos, dentro dos mecanismos avaliativos, o que melhor respresentou a turma. Não o que foi mais rápido, nem o que derrubou menos cones, mas o que demonstrou o espírito do grupo e de ter assimilado todas as instruções, por seu aperfeiçoamento ao longo do curso”, afirmou Duarte.

O formando Adriano Estevão, que já integra o quadro da SSE, lembrou que os agentes precisam saber administrar várias situações. “O nosso setor é caveira. Estamos todos aqui preparados para o combate, aprendemos a atirar e passamos pelo treinamento todo, mas também nós também precisamos estar prontos para atender o familiar, muitas vezes aquela pessoa humilde, que vai até a unidade. Ser caveira é saber segurar uma arma, mas também saber apertar a mão de alguém que precisa”, afirmou.