Curitiba – O endividamento dos paranaenses recuou 1,4 ponto percentual de maio para junho. A Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), elaborada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), aponta que 89,6% das famílias do Paraná possuíam algum tipo de dívida no mês de junho. Em maio, esse percentual era de 91%. Na comparação com junho de 2017, que marcava 88,7%, o indicador se mostra praticamente estável. A média semestral de famílias endividadas no Estado é de 88,8%.
O Paraná é o estado que concentra o maior percentual de famílias com dívidas, seguido por Roraima (76,3%) e por Santa Catarina (75,7%). A média nacional para o mês de junho ficou em 58,6%.
A parcela de endividados com contas em atraso no Paraná também baixou, passando de 31,9% em maio para 29,4% em junho. Da mesma forma, a falta de condições de quitação das dívidas reduziu de 11,4% para 10,1%.
Apesar de liderar o ranking nacional do endividamento, o Estado é o oitavo colocado em relação a dívidas atrasadas, enquanto na falta de condições de pagamento ocupa a 14ª posição. Cabe destacar que o endividamento, por si só, não é um fato negativo, pois significa que o consumidor tem capacidade de crédito e se sente seguro para contrair compromissos financeiros a prazo. O Paraná lidera a criação de empregos formais no País, situação que favorece o consumo, especialmente na modalidade a crédito.
Tipos de dívidas
O cartão de crédito é o principal motivo das dívidas dos consumidores paranaenses, com 73,7%. Nas classes de maior renda ele foi utilizado em 76,8% das compras, enquanto nas famílias com renda até dez salários mínimos esse percentual foi de 73%.
O financiamento imobiliário foi o segundo colocado quando se trata de pagamento parcelado, com 9,7%. Em seguida aparece o crédito para compra de automóveis, com 8,8%.
Nível de endividamento
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas aumentou na variação anual, passando de 22,9% em junho do ano passado para 26,5% em junho de 2018, bem como na variação mensal, quando era de 23,4% em maio.