Que Câmara é esta?
Com algumas exceções, a representatividade popular da Câmara de Vereadores vai de mal a pior. E a situação não se limita à baixa relevância dos projetos apresentados, mas também à postura dos parlamentares que parecem pouco preocupados com a avaliação popular. Não é de hoje que o clima é tenso dentro do plenário entre oposição e situação, mas ontem o parlamento cascavelense superou qualquer expectativa. Ao se posicionarem contra a emenda que permite os eleitos a conselheiro tutelar nas futuras eleições apresentar diploma até a posse, os vereadores Rômulo Quintino (PSL), Celso Dal Molin (PL) e Paulo Porto (PCdoB) foram chamados de “Três Patetas” pelo vereador Josué de Souza (PTC), e de maneira repetida, quando o trio ficou em pé para manifestar o voto à Mesa Diretora.
Disciplinar
Dal Molin ficou ofendido e cobrou desculpas. “Votamos como queremos. Estamos em um parlamento e exijo uma retratação”. Porto também não gostou: “Ninguém é palhaço… ou mantemos em bom nível o debate ou fica difícil. Não admito isso!” Ambos prometeram reivindicar um posicionamento da Comissão de Ética para que Josué sofra alguma punição disciplinar.
Josué saiu do grupo
Josué comparou o plenário da Câmara ao grupo de WhatsApp no qual os parlamentares conversam informalmente. O parlamentar disse que, assim como aceita as brincadeiras no grupo de Whats, eles também devem concordar com suas declarações. “Tenho ‘printado’… não levei a sério o apelido que vocês me colocaram no grupo. Mas se querem que leve a ferro e fogo, vamos levar”. Alécio Espínola (PSC), presidente da Casa, interrompeu e orientou que “os ofendidos façam as representações”.
Puxão de orelha
Antes ainda de toda essa discussão, Alécio já havia pedido aos parlamentares que tivessem maior foco durante os debates em plenário. “Que usem o tempo para discutir o projeto, sem divagação”, pediu. Mas não adiantou muito e logo houve a confusão em plenário.
Abandonados
A situação de quatro menores abandonados em uma casa do Bairro Santa Felicidade repercutiu na Câmara. Jorge Bocasanta (Pros) cobrou os órgãos de fiscalização, pois a situação só veio à tona após denúncia de vizinhos. “Defensoria Pública, Conselho Tutelar, Programa Saúde da Família… onde estavam? Quem descobriu foi o vizinho. Vamos pegar todo o dinheiro gasto com essas instituições e repassar para o vizinho”.
Internação
O secretário de Saúde, Thiago Stefanello, estará hoje, às 9h, na Câmara de Vereadores para discutir a tramitação do PAI (Programa de Atendimento Imediato), que está na Comissão Permanente de Saúde. Os parlamentares pretendem esclarecer as dúvidas sobre o sistema que será implantado nas Unidades de Pronto-Atendimento.