Reportagem: Juliet Manfrin
Cascavel – Parte dos problemas enfrentados pelos 19,5 mil funcionários públicos estaduais, usuários do SAS (Sistema de Assistência à Saúde) em Cascavel, parece estar resolvida. O presidente da APP-Sindicato, Daniel Nascimento Matoso, afirma que a consulta que havia sido remarcada com um especialista foi realizada normalmente poucos dias depois.
O mesmo ocorre com outros pacientes que afirmam que está sendo bem menos complicado conseguir consultar e realizar exames, salvo alguns problemas pontuais.
Um levantamento preliminar feito por quem utiliza o sistema aponta que os serviços começam a ser reestabelecidos após meses de anormalidade. O cúmulo chegou quando 25 dos 30 prestadores de serviço interromperam os atendimentos devido à falta de pagamento.
A Seap (Secretaria de Estado de Administração e Previdência) afirmou que o contrato do Estado com a Clínica Médica Cascavel/Hospital do Coração segue normalmente, mas que, “em função de decisão judicial, o Estado está depositando em juízo os pagamentos mensais à Clínica”, e que não há atrasos.
Sobre o valor devido pela clínica aos seus fornecedores, a Seap disse que não pode informar, uma vez que caberia à clínica regularizar os pagamentos.
Vale lembrar que há cerca de um mês a antiga administração do hospital apresentou novos gestores informando que havia vendido o hospital. Na ocasião, os novos administradores afirmaram que regularizariam todas as pendências ainda no mês de setembro. A reportagem tenta desde então contato com os novos gestores, até agora sem sucesso.
Porém, a Seap informou que o “Estado já notificou por duas vezes a Clínica”. “Na primeira notificação, que pedia providências de atendimento a usuários reclamantes, a Clínica disse que sanou os problemas, reagendando as consultas. No entanto, o Estado voltou a receber denúncias de usuários dizendo que as remarcações foram canceladas. Com isso, uma nova notificação foi feita, desta vez com pedido de abertura de processo administrativo”.
A secretaria informou ainda que “todas as reclamações registradas pelo sistema de Ouvidoria são atendidas e que não há pendentes”, reforçando que os servidores prejudicados devem registrar eventuais problemas encontrados no serviço.