Policial

PM: 164 anos de trabalho e desafios

Cascavel – O dia de hoje será de homenagens à Polícia Militar do Paraná, em todos os batalhões. O aniversário da corporação considerada uma das mais nobres do Estado reúne glória e também desafios a militares do Estado. O serviço prestado à segurança pública e ao socorro é de números exorbitantes. Neste ano, apenas na área do 4º GB (Grupamento de Bombeiros), que atende a 43 municípios da região oeste, foram atendidas 7.074 ocorrências.

No primeiro semestre deste ano, o 5º CRPM (Comando Regional de Polícia Militar), que atende as regiões oeste e sudoeste do Estado, foram apreendidos 59,31 quilos de cocaína, 36 quilos de crack, 745 comprimidos de ectasy e 95 quilos de haxixe e mais de 14 toneladas de maconha, além de quase 6 mil pessoas presas.

Falta de pessoal

O trabalho expressivo e de combate à criminalidade é considerado fruto do esforço dos policiais que diariamente enfrentam vários desafios. Um deles é a histórica falta de pessoal. Segundo a Apras (Associação de Praças do Estado do Paraná), o efetivo de bombeiros e de militares em todo o Estado é de aproximadamente 20 mil homens, quando o ideal seriam pelo menos 27 mil trabalhadores.

Há quatro anos não há concurso público e só agora, com mudança de gestão e o comando-geral de uma mulher, é que o diálogo avançou. “Temos um problema salarial, pois desde 2015 não recebemos reajustes. É preciso avançar muito nesse sentido, na progressão de carreira do policial que é a base do serviço. Tem melhorado muito, mas como se tratam de pessoas que trabalham arriscando a vida diariamente, precisamos de uma atenção maior com a corporação”, explica o presidente da Associação, sargento Jair Ribeiro Júnior.

Equipamentos

A segurança dos homens que estão na rua também deve ser pensada com prioridade. No ano passado cerca de 6 mil coletes balísticos venceram mas a gestão Beto Richa não fez a compra e os policiais foram orientados a remanejarem entre si os equipamentos bons. Agora a licitação está em trâmite. “Precisamos de equipamentos de segurança como todo trabalhador precisa. Colete balístico do melhor e mais moderno, fardamento extremamente confortável, uma viatura que possa proporcionar segurança, e um armamento muito mais atualizado e prático do que a estrutura do crime organizado. São condições mínimas que um policial deveria ter para sair para a rua”, avalia o sargento Jair Ribeiro Júnior.

Além da condição de segurança, o trabalho diário de pressão faz com que muitos militares acabem afastados por problemas de saúde. Um levantamento da própria corporação já revelou que 30% do efetivo está afastado por problemas psicológicos. “O policial tem uma rotina pesada, trabalha em uma linha operacional e isso mexe muito com o psicológico. Além de todo o aparato de segurança, é preciso acompanhamento constante da saúde física e psicológica do agente de segurança”, complementa.