Como nas obstruções das artérias coronárias do coração, os estreitamentos das artérias renais ocorrem, na maioria dos casos, em decorrência da presença de placas de gordura, conhecidos como estenoses ateroscleróticas. Esse estreitamento pode reduzir ou impedir a chegada de sangue ao rim afetado, podendo levar à hipertensão e à atrofia do rim, com piora ou perda da sua função.
Alguns dos principais fatores de risco incluem: idade avançada, colesterol elevado, diabetes melitos, obesidade e tabagismo. Também é comum que esses pacientes apresentem manifestações clínicas relacionadas à aterosclerose em outras artérias, como nas coronárias, carótidas ou dos membros inferiores.
“O diagnóstico é confirmado por meio de exames de imagem como ultrassom doppler, angiotomografia computadorizada e angioressonância magnética. A arteriografia, procedimento realizado em sala de hemodinâmica no qual contraste é injetado dentro da artéria para quantificar e localizar a estenose, normalmente é reservada para guiar o tratamento por angioplastia”, explica André Moreira de Assis, médico da Criep (Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa).
O tratamento é baseado no uso de medicamentos para o controle da pressão arterial. No entanto, a angioplastia está indicada no caso de hipertensão de difícil controle, em pacientes intolerantes ao tratamento medicamentoso devido aos seus efeitos colaterais, e em pacientes com complicações relacionadas à hipertensão (edema pulmonar ou insuficiência cardíaca) ou piora da função renal.
Nos casos de estreitamento causado por placa de gordura, um stent é liberado nesse local visando diminuir o risco de obstruções futuras (reestenose).
Fonte: @criep.com.br