Saúde

Sesa alerta para vacinação durante período de gestação para proteger mãe e bebê

O imunizante, também conhecido dTpa ou vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, integra o calendário obrigatório de vacinação para gestantes

Foto: Gilson Abreu/ANPr
Foto: Gilson Abreu/ANPr

Curitiba – Dados do Sipni (Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações) revelam que em 2022, a cobertura vacinal para a tríplice bacteriana, imunizante que protege contra coqueluche, difteria e tétano, é de apenas 44% no Paraná, a despeito de sua obrigatoriedade.

“Toda vacina possui sua importância. No caso dos imunizantes para gestação, vemos uma validade dupla, que protege não somente a mãe como também o bebê em formação. Esses números são preocupantes, uma vez que estão muito distantes da meta, estipulada em 95%. Por isso, fazemos um apelo, com muita preocupação, para que as gestantes possam comparecer ao posto de vacinação mais próximo e solicitar o imunizante. Vacinas são seguras e salvam vidas”, alertou ontem (13) o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

O imunizante, também conhecido dTpa ou vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto, integra o calendário obrigatório de vacinação para gestantes, sendo ofertado a partir da 20ª semana (5º mês) de gravidez, protegendo não apenas a mãe, como fornecendo imunização passiva contra coqueluche ao bebê que ainda está no útero e também ao recém-nascido. A vacina deve ser administrada uma vez a cada nova gestação.

GRAVIDEZ

Além de outras especificidades, é comum observar uma relativa diminuição na imunidade durante o período gestacional. Essas alterações tendem a se manter ao longo da gestação, com retorno gradual à normalidade imunológica.

“Embora a vacina esteja disponível também para trabalhadores de saúde, ela recebe uma atenção especial para o caso da população gestante, sobretudo pela relação entre a mãe e o bebê. Nesse período, a imunidade da criança encontra-se em uma condição primária, ainda em formação, daí a necessidade ainda mais evidente da proteção”, completou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Acácia Nasr.

Comumente, a transmissão da difteria e coqueluche ocorre por meio de gotículas de secreção respiratória, que pode decorrer por meio de tosses, espirros ou até mesmo durante uma conversa. Já o tétano neonatal acontece por meio de contaminação do coto umbilical com esporos da bactéria, podendo estar presente em instrumentos que não receberam esterilização adequada. Em todos os casos, a Sesa reforça a importância da imunização como principal ferramenta de prevenção, podendo impedir agravamento das doenças e até mesmo o óbito.

Foto: SESA-PR