Brasília – O Ministério da Saúde lançou uma campanha de promoção da atenção primária à saúde. A iniciativa tem como foco a valorização das UBSs (Unidades Básicas de Saúde), também conhecidas como postos de saúde. A atenção primária é a porta de entrada no SUS, abarcando ações tanto para indivíduos quanto para coletivos de prevenção, diagnóstico, tratamento e redução de danos. É a partir das unidades básicas que os indivíduos com demandas de saúde podem ser atendidos e encaminhados, se necessário, para outros locais, como hospitais.
A atenção primária também cuida da estratégia de saúde da família, que coloca profissionais para o contato direto com comunidades com o intuito de disponibilizar serviços e orientar cidadãos sobre a promoção da saúde. A campanha consistirá na divulgação de peças publicitárias em veículos de mídia como rádio e televisão, além de redes sociais, abordando a importância das unidades de saúde ao longo da vida dos brasileiros.
Durante a cerimônia de lançamento, em João Pessoa (PB), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, falou sobre essa modalidade de política pública, destacando que o governo federal já aumentou os recursos para a área de R$ 17 bilhões para R$ 24 bilhões. “Quanto mais invisto na atenção primária, menos vou gastar na atenção primária à saúde”, declarou o ministro. Queiroga acrescentou que o Executivo pretende investir mais na formação de profissionais de saúde para atuar na atenção primária.
O secretário de Atenção Primária à Saúde do ministério, Raphael Câmara, também ressaltou a importância da porta de entrada para o SUS e o fato de tal modalidade do sistema estar capilarizada no Brasil. “A atenção primária está em todos os municípios. Nem todo município tem hospital ou tem especialista, mas toda cidade tem seu posto de saúde, agentes comunitários e profissionais de saúde cuidando da saúde da população”, disse.
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Nova onda de Covid-19 na
Europa gera alerta mundial
O diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, afirmou que a batalha da Europa, que vive uma nova onda da Covid-19, é uma “chamada de alerta” para o resto do mundo.
“É muito importante refletir sobre o exemplo da Europa, que representou mais da metade dos casos globais na semana passada, mas essa tendência pode mudar” disse Ryan. “Basta olhar para a curva epidemiológica da montanha-russa para saber que, quando se desce a montanha, geralmente se está prestes a subir outra”, acrescentou.
Com a aproximação do inverno, inclusive, clima propicio para a disseminação do vírus, governos europeus estão em vigilância e a retomada de medidas mais restritivas podem ser aplicadas.
Entre os locais já se movimentando devido a tendência para uma nova onda de coronavírus estão, Alemanha, França, Leste Europeu, Áustria, Dinamarca e Reino Unido. Segundo um assessor do governo de Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unindo, o país está “muito longe” de pensar num confinamento de inverno, no entanto, reforçou a necessidade do reforço vacinal.
Na Áustria, qualquer evento com mais de 25 pessoas, a partir do final da próxima semana, passa a ser ilegal. Pessoas que não foram vacinadas também não poderão frequentar bares e restaurantes.
O governo da Dinamarca também propôs algo parecido, o “passe corona” digital. O documento deverá ser apresentado pelos dinamarqueses para entrar nos estabelecimentos.