Saúde

Junho vermelho e laranja: A importância da doação de sangue e o combate a anemia e leucemia

Junho vermelho e laranja: A importância da doação de sangue e o combate a anemia e leucemia

Junho é o mês que são realizadas campanhas de prevenção e conscientização sobre a saúde do sangue. Criada em 2015 para incentivar a doação de sangue e trazer informações sobre a anemia e a leucemia, doenças causadas por deficiências nas células sanguíneas.

Dia 14 de junho é o dia mundial do doador de sangue. Higor Gregory, 26 anos, é fisioterapeuta, natural de Manaus-AM e se mudou para Cascavel para fazer residência hospitalar no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), ele relata que há três anos se tornou doador de sangue e um dos fatos motivadores foi o tipo sanguíneo que possui: o O+. Pessoas que tem sangue O+ podem doar para tipos A+, B+, AB+ e O+, porém, só recebem doação sanguínea da mesma classificação, seja O positivo ou O negativo.

“Saber que estou ajudando o próximo que realmente precisa; que até então eu tinha um preconceito com doação de sangue e quando comecei a estudar na área da saúde, vi que as pessoas realmente precisam e você saber que está ajudando a salvar a vida de alguém é uma sensação ótima; em saber que está ajudando as pessoas”, relatou Higor.

Além de ser doador de sangue, Higor é doador de medula óssea e já avisou a família sobre a doação de órgãos. “Já comuniquei minha família sobre esse desejo, caso algum dia aconteça algo comigo vou poder ajudar outras pessoas. Quando você atua na área da saúde e passa a conviver com pessoas que precisam de algo que o dinheiro não pode comprar, vem essa vontade de doar, de ajudar o próximo. Temos que conversar sobre doação, conscientizar e tentar levar esse assunto para o máximo de pessoas. Digo isso justamente por acompanhar o sofrimento dos pacientes, a aflição das pessoas, dos familiares em ver alguém tão próximo precisando da doação de sangue, de algum órgão, ou até mesmo de medula óssea. A doação pode salvar vidas”, afirmou o doador.

Superação e fé

Cleberson Garcia de Oliveira, 27 anos, mora em Cafelândia e no começo deste ano o HUOP se tornou sua segunda casa. Em 2019, o rapaz descobriu que estava com anemia aplásica, fez tratamento por quase quatro anos e foi curado, porém em dezembro 2022, Cleberson foi diagnóstico com Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), doença rara que atinge as células hema- topoiéticas e é causada por um defeito genético adquirido no gene da fosfatidilinositolglicana classe-A (PIG-A).

A doença leva ao bloqueio precoce da síntese do lipídio glicosilfosfatidilinositol (GPI) (que é um processo bioquímico que ocorre nas células para produzir um grupo de lipídios conhecidos como GPI’s. Esses lipídios desempenham um papel importante na ancoragem de proteínas à membrana celular) e pode gerar sintomas como: falta de ar, fadiga, dores abdominais e de cabeça e até tromboses. “Em 2019 eu trabalhava e morava aqui em Cascavel. Estava de serviço quando senti meu nariz sagrar quando fazia força ou qualquer esforço físico depois de alguns exames descobrimos a anemia aplásica, tratei e hoje estou curado. Hoje minha luta é contra a HPN com o uso de remédios controlados, transfusão de sangue e uma rotina cheia de cuidados. Não posso me cortar e fazer esforço físico, tenho que ficar descansando e atento a algum sinal de fraqueza, cansaço, falta de ar e qualquer mancha roxa que pode aparecer no corpo. Quero agradecer a cada pessoa que faz doação de sangue para ajudar me ajudar. Tenho fé que vou vencer mais essa batalha,” finalizou o paciente.

Como ser doador de sangue

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg. Além disso, é preciso apresentar documento oficial com foto, no caso de menores de idade doação mediante autorização do responsável. Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas. Estar alimentado, tendo certeza de que evitou alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue. Se for realizar coleta após o almoço, o doador deve aguardar o período de duas horas.

Para ser um doador de sangue entre em contato com o Banco de sangue: Hemocentro Regional de Cascavel através do telefone (45) 3226-4549, ou ir até a unidade de segunda à sábado das 7h às 19h, na Rua Avaetés, 370, Santo Onofre, Cascavel.
Informações de atendimento para coletadas de sangue retiradas dos sites do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Governo do Paraná.

Crédito: Assessoria de Comunicação Social/Foto: Guilherme Silveira