Saúde

Huop retoma as cirurgias eletivas com fila de espera de mais 1,5 mil pacientes

Duas novas cirurgias inovadoras foram feitas no Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os procedimentos foram via SUS nas áreas da urologia e da oncologia na 17ª Regional de Saúde. As duas cirurgias, realizadas em junho, são inéditas no SUS do Paraná e os pacientes já estão em casa e se recuperam bem.
Londrina, 17/08/2017.
Foto: Divulgação SETI
Duas novas cirurgias inovadoras foram feitas no Hospital Universitário (HU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Os procedimentos foram via SUS nas áreas da urologia e da oncologia na 17ª Regional de Saúde. As duas cirurgias, realizadas em junho, são inéditas no SUS do Paraná e os pacientes já estão em casa e se recuperam bem. Londrina, 17/08/2017. Foto: Divulgação SETI

Cascavel – Os cerca de 1,5 mil pacientes que esperam há tempos por uma cirurgia eletiva no Huop (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) começaram a ser chamados desde o começo desta semana para confirmar a realização de uma cirurgia eletiva no hospital que não estava realizando o procedimento há cerca de dois meses, devido a problemas de reorganização de leitos dentro do hospital.

De acordo com o diretor geral do Huop, Rafael Muniz, a previsão é que sejam realizadas até 150 cirurgias eletivas por mês de todas as especialidades, de acordo com a possibilidade do hospital. “Queremos a partir de agora agilizar essa fila para que os pacientes não aguardem por até 4 anos, como acabou ocorrendo”, falou o diretor. Segundo Muniz, paralelo a realização das cirurgias eletivas, o Huop também busca credenciamento com a 10ª Regional de Saúde para iniciar os atendimentos também pelo Programa Opera Paraná e, com isso, aumentar a quantidade de cirurgias mensais.

Sobre a fila de espera, o diretor falou que é quase impossível zerar, já que é uma demanda constante, mas que há um trabalho permanente para reduzir o tempo de espera para pelo menos de 2 a 3 meses, no máximo, e não como é atualmente. O diretor lembrou que foi necessário suspender os procedimentos devido à alta demanda por internamentos e a superlotação do hospital, e que, para conseguir atender a isso, tiveram que se readequar internamente.

Em junho, quando os procedimentos foram paralisados, a sala de emergência contava com uma média de 9 pacientes e nos corredores outros 90 esperavam por um leito. Atualmente essa média nos corredores tem girado em torno de 50 pacientes e na sala de emergência outros 3, ou seja, o problema diminuiu, mas não terminou.

Desde então, os leitos foram ampliados para conseguir atender a demanda, e atualmente o HUOP conta com 296 leitos geral, 60 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), 10 UTI neonatal e 5 de UTI pediátrica. Além disso, o hospital trabalha para a implantação de um centro de cirurgias programadas, na estrutura que iria receber a ala de queimados, que acabou não saindo do papel, para tentar agilizar os procedimentos em toda a região.

 

Regional de Saúde

Já em todos municípios de abrangência da 10ª Regional de Saúde, a situação da fila de espera é ainda maior. De acordo com a diretora da 10ª Regional, Lilimar Mori, o levantamento da fila ainda está sendo realizado, mas, já ultrapassa 8 mil pessoas e que, por isso, foi criado o Programa Opera Paraná, que será de realizado de forma permanente para reduzir a espera em todo o estado.

Conforme a diretora, o programa começou no início de agosto e pretende fomentar o atendimento de forma regionalizada. Para a região macro oeste foram disponibilizados cerca de R$ 15 milhões, por um período de um ano, sendo regido pelas as resoluções e deliberações da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde). Na 10ª Regional foram credenciadas nove instituições de saúde de Cascavel e da região.

“Todos os procedimentos, relacionados como as maiores demandas, foram contratados pela Sesa. O pagamento será feito diretamente ao prestador que realizar o procedimento, que deverá estar registrado no sistema G-SUS/CARE”, explicou Lilimar Mori. Segundo ela, o atendimento, que compreende pré-operatório, operatório e pós-operatório deve ser realizado pelo estabelecimento de saúde que foi contratado pelo valor SUS.

 

Foto: Divulgação/ SETI