Descubra a inovação em Cascavel: o Hospital Universitário realiza o primeiro Implante Percutâneo de Válvula Aórtica pelo SUS - Foto: Assessoria
Descubra a inovação em Cascavel: o Hospital Universitário realiza o primeiro Implante Percutâneo de Válvula Aórtica pelo SUS - Foto: Assessoria

Cascavel - O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) realizou, pela primeira vez, o Implante Percutâneo de Válvula Aórtica (TAVI) — um procedimento de alta complexidade realizado integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A cirurgia marca um avanço significativo para a medicina cardiovascular da região, ao oferecer uma alternativa minimamente invasiva para o tratamento de pacientes com estenose valvar aórtica grave que não possuem condições clínicas de enfrentar uma cirurgia cardíaca tradicional.

O Dr. Renê Augusto, cirurgião cardiovascular responsável pela equipe, explica que a TAVI (sigla em inglês para Transcatheter Aortic Valve Implantation) permite substituir a válvula aórtica comprometida sem necessidade de abrir o tórax ou parar o coração.

“Esse procedimento foi desenvolvido para atender pacientes que, até pouco tempo atrás, não tinham muitas opções de tratamento. São pessoas com estenose valvar aórtica grave, mas que, devido à idade avançada ou a outras comorbidades, não podem se submeter à cirurgia convencional”, ressalta o médico.

Durante o procedimento, uma nova válvula é inserida por meio de um cateter, geralmente introduzido pela artéria femoral, e posicionada dentro da válvula antiga, permitindo o restabelecimento normal do fluxo sanguíneo. O método reduz o tempo de recuperação e minimiza os riscos cirúrgicos.

Equipe Multiprofissional e o Procedimento TAVI

A cirurgia foi realizada por uma equipe multiprofissional do HUOP, composta pelos médicos Dr. José Andres Hidalgo Aranda, Dr. Paulo Henrique Pessali Dal’maso e Dr. Renê Augusto, com o apoio de profissionais da cardiologia, enfermagem e anestesiologia. Todo o procedimento foi conduzido na sala de hemodinâmica, o que reforça o caráter minimamente invasivo da técnica.

“A cirurgia convencional é de grande porte e apresenta riscos elevados, especialmente para pacientes idosos ou com comorbidades. A TAVI, por outro lado, é realizada por via percutânea, reduzindo significativamente os riscos e acelerando a recuperação. Com essa técnica, conseguimos oferecer uma alternativa segura a pacientes mais fragilizados, como a dona Ana Clerice”, explica o Dr. Renê.

A primeira paciente a se submeter ao procedimento no HUOP foi dona Ana Clerice Zaniz, de 74 anos, que apresentava sintomas graves da doença, como cansaço extremo, inchaço e dores constantes.

“Me sinto bem”, disse dona Ana, em poucas palavras, ao relatar a melhora após a cirurgia.
O neto dela, Alex Zaniz, também percebeu a diferença:
“Antes ela vivia inchada, sentindo dores e muito debilitada. Agora está bem melhor, mais tranquila e até comendo melhor”, conta.

HUOP como Referência em Tratamento Cardiovascular

A realização da primeira TAVI no HUOP representa um marco tecnológico e científico para o hospital, que já é referência regional em cirurgias cardiovasculares convencionais. O fato de o procedimento ter sido realizado integralmente pelo SUS reforça o compromisso da instituição com o acesso universal à saúde de qualidade.

“Manifestamos nossa mais profunda gratidão à Direção do HUOP pelo apoio e comprometimento exemplar. Graças à visão e ao incentivo da gestão, foi possível realizar, com sucesso, a primeira TAVI pelo SUS em todo o Oeste do Paraná — um marco histórico para a medicina da região e um avanço na oferta de tratamentos de alta complexidade à população”, destacou o Dr. José Andres Hidalgo Aranda, integrante da equipe médica.

Com o sucesso do procedimento, o HUOP se consolida como centro de referência em inovação e tratamento cardiovascular no Oeste do Paraná, reafirmando seu papel pioneiro na introdução de técnicas de ponta e na oferta de cuidados de excelência aos pacientes.

Fonte: Assessoria HUOP