Saúde

Fronteira se arma contra coronavírus

Há um protocolo a ser seguido para garantir a segurança do paciente, da população e do profissional de saúde

Foto:Arquivo
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Reportagem: Cláudia Neis

Foz do Iguaçu – O avanço do novo coronavírus pôs o mundo em alerta contra a doença. No Brasil, ainda não há caso confirmado, mas suspeitos vêm sendo monitorados, um deles em Ponta Grossa. Diante da situação, o Estado já criou um Plano de Contingência para a doença e nas cidades de fronteira e que recebem grande número de turistas, como Foz do Iguaçu, as medidas preventivas, a preparação de equipes e os protocolos para ação em possíveis casos suspeitos já foram definidos. “Nós estamos na tríplice fronteira, então o risco de entrada de uma pessoa contaminada aumenta bastante. Por isso, reunimos representantes de todos os setores da saúde, Município, Samu, Siate, órgãos de segurança, Receita Federal, pessoal que atua nas aduanas, Infraero… para orientar sobre as ações diante de uma possível suspeita da doença. Já temos EPIs [Equipamentos de Proteção Individual], como máscaras, e equipes treinadas no Hospital Municipal para receber esse possível paciente”, detalha a chefe da 9ª Regional de Saúde, Iélita Santos.

Protocolo

Ela afirma que há um protocolo a ser seguido para garantir a segurança do paciente, da população e do profissional de saúde. “A orientação é para isolar o paciente e acionar as equipes responsáveis. Por exemplo, se na aduana um paciente que está em um veículo com mais pessoa e apresenta sintomas da doença, a orientação é colocá-lo em uma sala de isolamento que há no local, o funcionário sempre usando os EPIs… Quando isolado, é acionada a equipe da vigilância epidemiológica que, dependendo do caso, aciona o Samu e uma equipe da Secretaria de Saúde, todos treinados para seguir o protocolo, e esse paciente será levado ao Hospital Municipal de Foz, preparado para fazer esse atendimento”, esclarece Iélita.

Em alerta

Na Regional de Cascavel, de acordo com o diretor, João Gabriel Avanci, os profissionais já foram orientados sobre a triagem de pacientes com sintomas suspeitos e tiveram contato com pessoas que vieram da China ou tenham viajado para lá recentemente. O HU (Hospital Universitário) e o São Lucas, de Cascavel, têm leito isolado disponível para tratamento da doença.