O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, participou na manhã desta terça (23) de assembleia virtual de prefeitos da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), que teve como tema principal a evolução dos casos de covid-19 nos municípios da região da região Oeste, onde estão localizadas a 9ª, 10ª e 20ª Regionais de Saúde.
Eles discutiram a necessidade de investimentos emergenciais, como a abertura de novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), enfermarias e aquisição de respiradores, medicamentos gerais e outros equipamentos. A reunião foi comandada pelo prefeito de Matelândia e presidente da Amop, Rineu Menoncin (Texeirinha) e contou também com a participação do deputado estadual Marcel Micheletto.
Beto Preto fez um relato sobre a estrutura de saúde disponível na região e os investimentos que estão sendo feitos pelo governo do Estado para ampliar a oferta aos pacientes. Hoje, na Macrorregião Oeste, são 99 leitos de UTI adulta à disposição da população que depende do SUS, número este que está sendo ampliado com novos investimentos, entre eles a disponibilização, para os próximos dias, de dez novos leitos no Hospital Universitário do Oeste do Paraná.
Outros leitos da rede privada estão sendo negociados, o que deve ampliar significativamente a oferta a partir dos próximos dias. No entanto, o secretário mostrou preocupação com a pouca adesão da população, de um modo em geral, ao isolamento social, diante da proliferação de festas clandestinas e outras formas de concentração de pessoas, o que torna o risco de uma explosão de novos casos ainda mais real. “Essa situação, caso ocorra, poderá causar um colapso no sistema, com danos ainda maiores do que aqueles que estamos vivenciando”, destacou.
Outra preocupação é com relação aos grandes frigoríficos, que concentram alguns dos principais focos. A Secretaria Estadual de Saúde vem tratando da questão com bastante cuidado, já que as empresas são responsáveis pela geração de expressiva quantidade de empregos e estão no topo de uma cadeia produtiva que gera significativos reflexos à economia regional e às exportações brasileiras.
A reunião tratou ainda das obras em andamento de reforma e adequação de projetos do Hospital Regional de Toledo, a questão do tratamento de indígenas com coronavírus, a necessidade de aquisição de novos lotes de insumos hospitalares e medicamentos, recursos para aquisição de ambulâncias e equipamentos de transporte sanitário e a evolução de outra grave doença, a dengue. Mesmo com o crescimento dos números do novo coronavírus na região Oeste, o Paraná é um dos estados brasileiros com melhor performance em relação ao combate da enfermidade e aos números de contágio e mortes provocados pelo vírus.
O Estado sobressai também na quantidade de exames realizados: hoje a capacidade de testes PCR, de rápida detecção, é de cinco mil procedimentos por dia. “É hora de colocar de lado as diferenças partidárias e ideológicas e partir para o ataque decisivo, todos juntos, irmanados em uma só causa. Somente desta forma é que venceremos essa guerra”, disse o presidente da Amop.