São Paulo – A confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil (um homem de 61 anos que voltou da Itália) impactou no mercado. Tiveram influência ainda a queda nos preços do petróleo e o risco político no País.
O dólar começou o pregão em alta, chegou a R$ 4,442 (a máxima nominal histórica) e fechou o dia cotado a R$ 4,441. Isso apesar da intervenção do Banco Central, que leiloou US$ 500 milhões em contratos de swap cambial logo no início do dia.
O Ibovespa também iniciou o dia com forte queda, perdendo quase 5,7 mil pontos entre a mínima (108.008,17 pontos) e o fechamento de sexta-feira (recuo de 0,79%, aos 113.681,42 pontos), ajustando-se ao declínio dos dois últimos dias em Nova York, de cerca de 6%, quando a B3 ficou fechada. O Ibovespa fechou com queda de 7,5%.
A aversão ao risco no mercado com a difusão do coronavírus e os ajustes às quedas de papéis de empresas brasileiras (ADRs) em Nova York na segunda e na terça prejudicam as ações do setor aéreo: Azul PN caía 9,47% e Gol PN tinha declínio de 7,78%. Vale ON e Petrobrás perdiam na faixa de 7%.
O cenário também atingiu as ações do setor aéreo: Azul PN caiu 9,47% e Gol PN teve declínio de 7,78%. Vale ON e Petrobras perderam na faixa de 7%. O setor de alimentos também teve perdas. JBS ON entrou em leilão após cair 6,54%. Marfrig ON teve baixa de 4,29%.
Risco país sobe
O CDS (Credit Default Swap) de cinco anos do Brasil – um termômetro do risco país – teve novo dia de alta nessa quarta-feira (26), subindo para 106,4 pontos, ante 100 pontos de terça (25), por causa dos temores no mercado financeiro mundial com o coronavírus. É o maior nível desde 28 de janeiro. Desde o começo de fevereiro, o CDS vinha sendo negociado abaixo dos 100 pontos e, na mínima em uma década, foi a 91,8 pontos no dia 20.