Curitiba – No 11 de abril, ontem, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e, a convite do deputado Michele Caputo (PSDB), Sandra Salomão Cury Riechi, presidente da Associação Paranaense dos Portadores de Parkinsonismo, usou o segundo horário do Grande Expediente da sessão plenária desta segunda-feira da Assembleia legislativa do Paraná para falar sobre a doença.
O Parkinson afeta o sistema nervoso central prejudicando a coordenação motora, a fala, o equilíbrio, causando os tremores, em muitos casos, entre outros sintomas. “Muitos desconhecem a doença. Ela vai surgindo de forma leve e se o paciente descobre no início, as chances de ter um tratamento adequado e garantir qualidade de vida infinitamente maior, sem que a doença progrida”, afirmou Sandra, que é portadora de Parkinson.
Cury Riechi explicou que a Associação em Curitiba, criada há mais de 20 anos, oferece tratamentos com neurologistas, psicólogos, fisioterapeutas, uma equipe multidisciplinar de referência, e tem a única farmácia do Brasil que oferece todos os medicamentos para o tratamento. “Uma ótima estrutura, mas ainda pouco conhecida dentro do estado. O trabalho é humanizado para que os portadores se sintam à vontade para voltar. Que deixem de lado a vergonha que eles próprios têm em relação a doença”, disse.
Além da presença no Poder Legislativo, os membros da Associação montaram uma barraca no centro de Curitiba para levar informação ao público. Com a pandemia da Covid-19, os atendimentos despencaram. “Chegávamos a ter cem pacientes por dia. Hoje não temos nem a metade. A covid trouxe medo também para os portadores”, lembrou. “A população precisa de informação e precisamos acabar também com o preconceito em torno do Parkinson”, complementou.
Foto: Alep
++
SindSaúde confirma greve a partir de hoje e Sesa não se manifesta sobre decisão
Cascavel – Os servidores da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) iniciam nesta terça-feira (12) uma greve para reivindicar a reposição salarial correspondente a inflação acumulada nos últimos meses. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária do SindSaúde realizada no último dia 7 de abril. Segundo o sindicato, a última projeção, em maio, mês da data base, a defasagem salarial vai ultrapassar 36%.
Segundo o SindSaúde na sexta-feira (8), foi encaminhado ofício para a Secretaria de Administração e Previdência e para a Secretaria de Estado da Saúde informando sobre a decisão da categoria e pedindo audiência emergencial, mas até a tarde de ontem não havia uma resposta.
A coordenadora geral do SindSaúde do Paraná, Olga Estefania, disse que no ofício enviado ao governo, os representantes do sindicato pediram a audiência para definir em comum acordo o percentual de servidores necessário para manter o atendimento.
De acordo com o sindicato, a última atualização salarial para reposição da inflação ocorreu em 2016. Desde então, o governo concedeu 2% em janeiro de 2020 e mais 3% em janeiro de 2022. Além da reposição da inflação nos salários, os servidores da Sesa reivindicam o fim do que entendem ser a “privatização da Saúde” e o fim das contratações de profissionais por meio de cooperativas, terceirizações e quarteirizações.
O pagamento dos quinquênios e anuênios retroativos a 2020, a volta para a administração da Sesa das unidades hoje administradas pela Funeas e o retorno da Gratificação por Atividade de Saúde no período de licença são outras reivindicações da pauta da categoria. Ainda de acordo com o sindicato, como é ano eleitoral, o governo tem até o dia 3 de julho, ou seja, 180 dias antes do fim do mandato, para sancionar lei de reposição, cumprindo assim a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A reportagem do Jornal O Paraná entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde, porém, até o fechamento da edição não obteve retorno.
+++++