HUOP

Diretores apresentam nova sala de cirurgia e avaliam o novo fluxo ortopédico

Diretores apresentam nova sala de cirurgia e avaliam o novo fluxo ortopédico

Cascavel – O aumento na quantidade de cirurgias eletivas é o principal objetivo do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) que reuniu a imprensa na manhã desta sexta-feira (14) para apresentar a nova sala e fazer um balanço do novo fluxo de atendimento ortopédico no hospital que iniciou no mês de fevereiro e que já está trazendo resultados positivos, já que pacientes ortopédicos não esperam mais na UPA por liberação de cirurgia, agora o atendimento é direcionado ao ambulatório do hospital.

A nova sala faz parte da estrutura do CCP (Centro de Cirurgias Programadas), que passou a funcionar nesta semana, resultado de um trabalho conjunto da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) com o HUOP e a Prefeitura de Cascavel.

Aumento

Desde que o CCP foi inaugurado, em setembro de 2024, já foram realizadas mais de 2,2 mil cirurgias e, agora com uma sala a mais, a expectativa é que a média, até então, de 12 procedimentos diários passe para 19.

De acordo com o diretor-geral do HUOP, Rafael Muniz, desde setembro a média é de 400 cirurgias mês e agora, para dar esse atendimento aos traumas e a nova sala deve elevar para 600 cirurgias por mês. O objetivo é atender o fluxo de ortopedia, inclusive na vazão de quem aguarda leito dentro do hospital. “É importante também reforçar que garantimos a contratação de servidores para trabalharem no CCP, tanto para nova sala como também para o ambulatório”, explicou Muniz.

Muniz reforçou ainda que o CCP deu início a esse processo de redução das filas das eletivas, o local é de responsabilidade da empresa terceirizada CIS (Centro Integrado de Saúde) que venceu o processo licitatório, com contrato de R$ 33.651.611,40, conforme o número de pacientes atendidos. O valor unitário de cada procedimento varia de R$ 3.128,22 a R$ 17.569,63. Nos últimos 15 meses, graças a essa parceria, o HUOP aumentou os leitos, passando de 255 para 368, atendendo a um público de mais de 2 milhões de pacientes de 90 municípios.

Trabalho direcionado

Alexandre Weber, reitor da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), reforçou ainda que da mesma maneira que é necessário avançar é preciso ampliar a estrutura, para otimizar o fluxo para o paciente. “O HUOP faz cirurgias eletivas e de emergência e muitas vezes, antes o paciente estava esperando a cirurgia agendada, chegava alguém da emergência e passava na frente, ou seja, o que está acontecendo aqui é consequência de um trabalho direcionado e conjunto para o bem maior da população”, disse ele.

Cirurgias ortopédicas

Quanto ao fluxo das ortopédicas, o chefe da Regional, Rubens Griep, explicou sobre a decisão de que pacientes, que antes esperavam nas UPAS, agora são direcionados diretamente ao ambulatório do HUOP. “Este ano, quando a nova gestão do município assumiu, tomamos a decisão conjunta de diminuir o tempo de espera, e redirecionamos crianças e adultos diretamente para a porta do HUOP, sem passar pela UPA. E agora, recentemente, dia 14 de fevereiro, implantamos o ambulatório de traumas, vinculado ao Hospital Universitário, em que todos os pacientes da Urgência, que são os casos menos complexos de traumas, tenham fluxo facilitado sendo direcionados diretamente para o HUOP”, contou.

O novo fluxo funciona da seguinte maneira: o paciente é levado diretamente para o ambulatório de traumas do HUOP e dali sai com o agendamento da cirurgia, não fica no hospital, aguarda em casa o dia já marcado para fazer o procedimento. Para Ali Haidar, secretário municipal de Saúde, era necessário fazer algo a respeito da transferência dos pacientes ortopédicos. “Pacientes ficavam até 10 horas nas Upas esperando leitos, agora, podemos afirmar que esse fluxo de espera diminuiu para aproximadamente uma hora”, constatou.

O prefeito de Cascavel, Renato Silva, aproveitou o momento para ratificar o compromisso com a saúde pública. “É muito importante este trabalhado que estamos realizando junto ao governo do estado, diretamente com Ratinho Junior, e o secretário Beto Preto. Além disso, estamos em busca da eficiência, também com o apoio da Unioeste, um esforço de todos para dar a resposta que a sociedade precisa”, frisou.

Primeira terceirização

A empresa abriu um ambulatório no centro da cidade para atendimento aos pacientes, mas as cirurgias ocorrem no HUOP, na antiga “Ala de Queimados”. Este é o primeiro contrato de terceirização de serviços do HUOP que tem parceria com a Sesa. Além das eletivas, existe ainda a previsão da realização de cerca de mil procedimentos de cirurgias de urgência e de emergência que visam aliviar o pronto-socorro durante este período de um ano. Para este lote, o valor previsto é de R$ 5.399.170,00 para os mil atendimentos, pagos na medida em que forem necessários. O PS conta com 33 leitos, espaço que sempre está superlotado.