O Paraguai fechou os aeroportos para voos comerciais do exterior. A medida entrou em vigor à 0h desta terça-feira (24) e não afeta os aviões cargueiros e as aeronaves que prestam serviços médicos, de auxílio e socorro. Também serão autorizados aviões de países que pretendem repatriar pessoas. A medida vigora até 12 de abril.
A decisão foi anunciada logo após o ministro da Saúde, Julio Mazzoleni, confirmar a segunda morte por covid-19 e mais cinco casos positivos para a doença. Agora, são 27 casos confirmados, dos quais quatro chegaram da França e um do Brasil.
A segunda vítima fatal é uma pessoa de 61 anos, que não teve contato com paraguaios que vieram do exterior nem com pacientes de covid-19. Ou seja, ela confirma contágio comunitário, quando já não se consegue descobrir quem transmitiu o vírus.
Dos demais pacientes, o ministro informou que apenas um está internado. Os outros estão em isolamento em casa.
Assintomáticos, o perigo
O ministro da Saúde disse que, conforme se pôde acompanhar em outros países, a partir da terceira semana do aparecimento do vírus começa a ocorrer um incremento significativo do número de casos. É que as pessoas infectadas pelo vírus e que não apresentam sintomas podem ter contaminado outras que vão ampliar o número de infectados enquanto não apresentarem sintomas.
Mais do que nunca, disse Julio Mazzoleni, “é agora que se deve ficar em casa e manter-se isolado o máximo possível”.
Em quarentena
Na segunda à noite, chegaram a Assunção 73 paraguaios que viviam em São Paulo, no Brasil. Eles passaram antes por Cidade do Leste e, de ônibus, viajaram à capital, onde foram submetidos a controles sanitários e, depois, sob forte escola policial, encaminhados em ônibus da Itaipu Binacional a um hotel, onde ficarão em quarentena. Nenhum tem sintomas de coronavírus.
Os paraguaios decidiram voltar ao país devido à pandemia da doença, que no Brasil tem maior concentração de infectados justamente na capital paulista.
Fontes: Agência IP, Hoy, La Nación e ABC Color