Saúde

Covid-19: Nova variante e baixa procura por vacinação preocupa saúde na fronteira

Covid-19: Nova variante e baixa procura por vacinação preocupa saúde na fronteira

A nova subvariante Ômicron BQ1 da Covid-19 que trouxe o aumento de casos da doença nas últimas semanas, aliada a baixa procura pelas doses de reforço pela população, têm preocupado a Secretaria Municipal da Saúde de Foz do Iguaçu. O alerta é para que as pessoas busquem uma das 29 unidades de saúde para completar o esquema vacinal, pois 71 mil pessoas acima de 18 anos ainda não receberam a primeira dose de reforço, também chamada de 3ª dose, e 80 mil que já poderiam ter recebido a segunda dose de reforço também não se imunizaram.

Outra grande preocupação é a baixa cobertura vacinal entre os adolescentes de 12 a 17 anos. Neste grupo, apenas 23% completou o esquema vacinal com as três doses. Entre as crianças de até 11 anos, apenas 42% recebeu a primeira dose e 29,3% as duas doses. Nesta faixa etária, o recomendado são apenas duas doses. Nesta semana, a cidade registrou 793 casos da Covid-19 e um óbito. O número é 70% maior na comparação com a semana passada, quando foram registrados 466 casos.

Alerta

A secretária da Saúde de Foz, Jaqueline Tontini, reforçou pedido para que a população complete o esquema vacinal. “Temos visto que essa nova variante não causa casos graves em pessoas completamente vacinadas, o problema é que apenas 63% da população recebeu a primeira dose de reforço e somente 22% completou o esquema com as 4 doses. Então, nosso apelo nesse momento é para que as pessoas procurem as unidades de saúde”, orientou.

De acordo com a coordenadora do Programa de Imunização, Adriana Izuka, até o mês passado, a média era de 800 aplicações por dia em todas as unidades de saúde e agora esse número caiu para cerca de 300 aplicações por dia em todas as unidades. “É importante destacar que a vacina é a única forma de prevenção e proteção contra o vírus, e é preciso garantir o esquema completo para que não surjam novas ondas de disseminação do vírus”, explicou.

Foto: PMFI

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Paraná é o primeiro Estado a receber dupla certificação da eliminação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis

Curitiba – O Paraná é o primeiro Estado brasileiro a receber dupla certificação da eliminação da Transmissão Vertical do HIV e Sífilis. O reconhecimento foi ao município de Guarapuava, em evento realizado ontem (7) na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em Brasília. Os municípios de Maringá e Ponta Grossa também receberam a certificação do HIV e Pinhais, além da eliminação vertical do HIV, recebeu o selo prata rumo a eliminação da Sífilis.

“Este reconhecimento é muito importante para o Paraná e só foi possível com a execução das boas práticas e o excelente trabalho realizado em parceria com os municípios. Continuamos focados no fortalecimento das ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestantes e crianças para que outros municípios paranaenses possam integrar essa lista”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

TRANSMISSÃO VERTICAL

A Transmissão Vertical ocorre quando a doença passa da mãe para o feto no útero ou durante o parto. Mães que vivem com o HIV têm 99% de chance de terem filho sem o HIV se seguirem as orientações e tratamentos recomendados durante o pré-natal, parto e pós-parto.

O Paraná mobilizou e apoiou os municípios com 100 mil habitantes ou mais que respondiam aos critérios estabelecidos para pleitear junto ao MS a eliminação da transmissão vertical do HIV ou Sífilis.

DADOS

No Paraná, segundo dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (Sinan), em 2021 foram notificados 1.016 casos de Aids em adultos e 644 pessoas morreram em decorrência da doença no Estado. Este ano, foram 635 novas notificações.

Por HIV, quando a pessoa apresenta o vírus, mas ainda não desenvolveu a doença Aids, em 2021, foram registrados 2.266 casos novos em adultos e 313 em gestantes. Neste ano, dados preliminares mostram que existem 1.652 novas notificação para o HIV.