Comissão de Saúde vai convocar audiência para encaminhar “denúncias”

Cascavel – A situação da saúde de Cascavel foi tema de uma reunião na tarde de sexta-feira (28) na Câmara Municipal, quando foram expostos uma série de problemas e denúncias que chegaram em uma quantidade ainda maior nos últimos dias, tanto para o Conselho Municipal de Saúde, quanto para a Comissão de Saúde do Legislativo, que foi quem convocou na reunião. Por mais de três horas o assunto foi discutido e vários encaminhamentos foram dados, entre eles, a realização de uma audiência pública nos próximos dias.

O presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, Edson de Souza, disse que essa audiência terá a convocação do secretário municipal de Saúde, Miroslau Bailak, para discutir o que foi levantado na reunião e dar os encaminhamentos necessários para problemas que prejudicam tanto os usuários do SUS, quanto os servidores.

O vereador reforçou que o intuito é discutir cada item como a falta de funcionários, unidades fechadas e falta de insumos. “Ficou claro na fala de todos que é necessário o Poder Público ouvir os servidores e fazer as mudanças necessárias”, reforçou. Para esta audiência também serão convocados o Ministério Público, entidades e os servidores da saúde. Além disso, eles vão criar um grupo para revisar benefícios cortados dos servidores da Saúde e buscar mediar negociações de melhorias.

Outro encaminhamento dado na reunião será formação de uma Frente Parlamentar de Saúde que deve se concentrar a realizar um trabalho em torno de um plano de cargos e salários dos servidores. Também será marcada uma reunião com as mães de autistas que estiveram representadas no encontro pela a presidente do Caut, Idilza Fermo, que solicitou que as crianças autistas não sejam vacinadas juntas com as demais, e que se iniciem os trabalhos de saúde na Clínica Escola, que desde que foi criado atende os alunos apenas na parte pedagógica.

Outros problemas

Durante a reunião foram levantados ainda outros problemas que serão encaminhados: falta de medicamentos, cancelamento de consultas, demora no atendimento das Upas, problemas de consultas das gestantes, falta de insumos, fita de medição de diabetes, troca de receitas especiais, e ainda o problema do telefone das unidades que não são atendidos.

Sobre o problema de falta de atendimento telefônico nas unidades, Edson de Souza, relatou que em resposta a um ofício encaminhado a Prefeitura, a própria Secretaria de Planejamento apontou que mais de 90% das ligações acabam sendo perdidas. Outro problema levantado na reunião foi a falta de ar condicionado em alguns locais e em outros da falta de instalação dos equipamentos que já foram adquiridos.

Unidades alagadas