Cascavel – “O mosquito está contaminado e circulando pela cidade”. A afirmação é da gerente de Vigilância em Saúde, Clair Wagner. Na manhã de ontem (27), a Secretaria Municipal de Saúde divulgou o boletim semanal onde foram confirmados 14 novos casos de dengue e ainda mais 297 exames aguardando análise. Além disso, o primeiro caso de óbito por Chikungunya, 5 casos confirmados da febre e 15 suspeitos estão reforçando ainda mais o alerta do setor para os cuidados contra a proliferação do mosquito transmissor.
A gerente disse que o número de casos vem crescendo desde o começo de abril e que é importante relembrar que as pessoas precisam assumir a sua responsabilidade, eliminando possíveis criadouros, fazendo uma vistoria semanal, já que os ovos eclodem de 7 a 10 dias e, por isso, é importante não deixar a água parada para não correr o risco. “Não tivemos ainda frio, mas muitos dias de chuva e sol, por isso, reforçamos o pedido sempre dos cuidados”. Outro reforço é referente a água da chuva, já que tem pessoas que acumulam, mas essa água deve ser utilizada em até 5 dias.
Além disso, Clari Wagner destacou que as pessoas que tiverem sintomas devem procurar atendimento médico porque é importante receberem as orientações e realizarem o exame. Cascavel está com classificação de alto risco de infestação da doença, já que o último Liraa (Levantamento de Índice Rápido e Amostral) apontou 4,3% de índice, sendo que em algumas regiões chega a 8,8%.
No Paraná
O Estado do Paraná confirmou três novos óbitos por dengue nesta semana, sendo que dois deles foram registrados em Ibiporã e um na cidade de Sertanópolis. São três homens com 38, 68 e 84 anos, respectivamente. As mortes ocorreram entre 16 de março e 5 de abril e apenas o paciente de Sertanópolis possuía comorbidades.
O Paraná contabiliza um total de 28.544 casos confirmados e 15 mortes por dengue. De Chikungunya são 1.676 notificações, 231 casos e dois óbitos. De zika são 73 notificações, sem casos e óbitos confirmados. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, fez um apelo para a população e lembrou que a maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios, nos quintais. “Por isso precisamos do apoio dos paranaenses em eliminar os criadouros”, disse. No total, 158 cidades do Estado estão em situação de alerta e 142 em situação de risco de desenvolvimento de epidemia.
Foto: Secom
