Saúde

Brasil tem doses para vacinar 26% da população prioritária no 1º trimestre

O País deve encerrar o primeiro trimestre de 2021 com 41,2 milhões de doses de vacinas garantidas

MINSK, BELARUS - DECEMBER 29, 2020: A medical worker holds a component of the Russian Gam-COVID-Vak (Sputnik V) vaccine against COVID-19 in a city hospital. The first batch of the Russian Sputnik V vaccine has arrived in Belarus; a mass vaccination campaign is starting in the country. Stringer/TASS.No use Russia.
MINSK, BELARUS - DECEMBER 29, 2020: A medical worker holds a component of the Russian Gam-COVID-Vak (Sputnik V) vaccine against COVID-19 in a city hospital. The first batch of the Russian Sputnik V vaccine has arrived in Belarus; a mass vaccination campaign is starting in the country. Stringer/TASS.No use Russia.

O Brasil deve encerrar o primeiro trimestre de 2021 com 41,2 milhões de doses de vacinas garantidas, o suficiente para imunizar aproximadamente um quarto (26,7%) da população considerada prioritária no País. Outros lotes e fabricantes que poderiam se somar a esse total tiveram suas remessas adiadas ou ainda seguem em negociação, sem previsão de data para entrega ou quantidade exata de fornecimento.

De acordo com o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde, os 27 grupos prioritários somam aproximadamente 77,2 milhões de brasileiros. Considerando que cada vacinação requer duas doses por pessoa, o contingente garantido até o fim de março seria o suficiente para imunizar 20,6 milhões de pessoas, considerando também as 10,7 milhões de doses já entregues em janeiro.

A principal e mais certa aposta do PNI, neste momento, é a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan. O laboratório brasileiro se comprometeu a entregar 27,37 milhões de doses da vacina até o fim de março.

O contrato entre o Butantan e o governo federal estipula um total de 46 milhões de doses da Coronavac a serem entregues até 30 de abril.

Outro lote de vacinas previsto para chegar ao Brasil até o fim de março é o da aliança Covax. A previsão oficial é de que 1,6 milhão de doses do imunizante da Astrazeneca sejam entregues ao País até o fim do trimestre.

A Fiocruz, responsável por produzir o imunizante da Astrazeneca no Brasil, deve começar a entrega de vacinas ao governo federal neste trimestre. O contrato prevê o envio de 14 lotes, cada um com insumos suficientes para a produção de 7,5 milhões de doses por entrega. A primeira remessa chega ao País no próximo dia 8 e, de acordo com a própria Fiocruz, será distribuída a partir de março.

É possível que a Sputnik V também entre nessa balança com outras 10 milhões de doses, quantidade que a União Química diz ser capaz de produzir no Brasil até o fim de março. Ainda sem liberação de uso no País, a vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, deve se beneficiar da decisão recente da Anvisa, que dispensa testes da fase 3 no País. Ainda assim, a agência requer um prazo de 30 dias para avaliar o pedido emergencial nessas condições.