Cascavel – O vereador Celso Dal Molin (PL) protocola hoje (3) denúncias contra a Sanepar no Ministério Público. Segundo ele, foram encerradas todas as tentativas de tratativa com a Sanepar por meio de diálogo, ofícios e reuniões.
Os vereadores entregam ao promotor Ângelo Mazzuchi Ferreira documentação que responsabiliza a Sanepar pelo surto de diarreia ocorrido em Cascavel.
Celso explica que Secretaria de Saúde de Cascavel calcula que o surto de doença diarreica causou prejuízo de R$ 1.644.087,38 ao Município. Foram atendidos 12.223 pacientes com doença diarreica (do fim da segunda quinzena de dezembro de 2018 até meados de maio de 2019). A companhia foi oficializada sobre a questão, que incluiu o relatório do Ministério da Saúde que comprova que a contaminação pelo protozoário aconteceu pela rede de abastecimento de água. No entanto, a Sanepar não acatou o pedido da comissão para ressarcir os valores extras gastos pelo Município e, por isso, o Ministério Público será acionado.
Os vereadores entregam à promotora Larissa Haick Vitorassi Batistin toda a documentação relacionada às reclamações e às denúncias recebidas pela Comissão de Defesa do Consumidor acerca dos hidrômetros instalados pela Sanepar e que, de acordo com os consumidores, geraram aumento nas contas de água não apenas em Cascavel, mas também em outras cidades do Paraná. “A Sanepar diz que o aumento nas contas se dá quase sempre por conta de vazamentos no interior da unidade consumidora, mas essa conta não fecha. Verificamos pessoalmente vários casos que nos foram denunciados e constatamos situações de aumento nos valores cobrados pela Sanepar sem que se tenha qualquer tipo de vazamento no interior do imóvel. Precisamos que os consumidores sejam ressarcidos se estão pagando pelo ar que passa pela tubulação e não pela água consumida”, ressalta Celso Dal Molin.
E, na quarta (4), às 10h30, os vereadores vão até o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e entregam ao promotor Sérgio Ricardo Machado pedido de providências sobre o contrato firmado entre a prefeitura e a Sanepar nos anos de 2002, 2003 e 2004, uma vez que a companhia não respondeu a Comissão sobre as condições legais deste contrato, do lucro da companhia nesses três anos e, principalmente, da contrapartida dada pela Sanepar ao Município pelo direito de explorar as atividades de captação e abastecimento de água e tratamento de esgoto em Cascavel.
A assessoria da Sanepar informou que, “quando acionada pelas vias regulares, a Sanepar irá responder todos os pontos sobre os quais for questionada”.