A partir de pedido formulado pelo Ministério Público do Paraná, a Justiça afastou liminarmente seis vereadores da Câmara Municipal de São Pedro do Iguaçu, Oeste do estado – incluindo o presidente do Legislativo – por suspeita de ilegalidades na concessão de diárias e na condução de licitações. A determinação é consequência da Operação Gulon, conduzida pela 4ª Promotoria de Justiça de Toledo, responsável pela comarca, com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Os agentes públicos também estão proibidos de ter acesso à Casa Legislativa.
Além do presidente, estão entre os vereadores afastados o 1º vice-presidente e dois secretários da Mesa Diretora. Também foi imposto o afastamento e proibição de acesso ao Legislativo a três servidores: um contador e duas funcionárias comissionadas. No total, a Câmara de São Pedro do Iguaçu conta com nove vereadores. Os suplentes devem assumir os cargos dos que foram afastados.
Prisão – A liminar foi deferida nesta segunda-feira (30) pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Toledo, que reforça que o afastamento da função pública dos investigados e a proibição de acesso e frequência à Casa são necessários para a garantia da ordem pública e para evitar a reiteração de práticas criminosas, bem como para preservar a continuidade das investigações. O descumprimento das medidas cautelares poderá acarretar na decretação de prisão.
A Operação Gulon foi deflagrada em novembro de 2019. Como parte da apuração das ilegalidades, em março deste ano, o Gaeco cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Toledo e São Pedro do Iguaçu.