POLÍTICA

Reprovação de Lula segue crescendo e Haddad perde força no mercado financeiro

Pesquisa aponta que 93% do mercado financeiro critica a direção do Governo Lula e avalia negativamente Fernando Haddad - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Pesquisa aponta que 93% do mercado financeiro critica a direção do Governo Lula e avalia negativamente Fernando Haddad - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasil - No mesmo dia em que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central confirmou o aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual que passou parda 14,25%, a pesquisa Genial/Quaest também confirmou o total pessimismo do mercado financeira sob re a economia brasileira sob a direção do Governo Lula 3, com Fernando Haddad no comando do Ministério da Fazenda.

De acordo com os dados da Genial/Quaest, 93% dos agentes financeiros entrevistados acreditam que a política econômica do país está na direção errada. Os mesmo entrevistados têm avaliação negativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; 58% reprovam o petista, ante 24% registrados na última edição da pesquisa, realizada em dezembro de 2024.

A pesquisa ainda traz que 83% dos entrevistados esperam uma piora na economia nos próximos 12 meses. Apenas 4% têm esperanças de melhora, enquanto 13% dizem que o cenário deve permanecer igual.

A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 17 de março com 106 fundos de investimentos localizados em São Paulo e Rio de Janeiro. O grupo de entrevistados reúne gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.

Inflação e recessão

A mesma pesquisa revelou que 58% dos gestores e economistas consideram que o risco de recessão seta de volta ao Brasil. Além disso, 82% esperam que a inflação encerre 2025 em um patamar superior ao de 2024, enquanto 16% acreditam que ficará estável e apenas 2% preveem uma queda no índice de preços.

Reprovação

A avaliação negativa (ruim e péssima) do presidente Lula segue elevada entre os agentes do mercado, com 88% desaprovando o governo petista. Os fatores que mais contribuíram para a reprovação foram o aumento dos preços dos alimentos (64%), os equívocos na condução da política econômica (56%) e o aumento da carga tributária (41%).

Quando a “crise dos alimentos”, as medidas anunciadas pelo Governo Lula para conter a alta dos preços seguem em descrédito. Para 90% dos entrevistados acreditam que as medidas anunciadas não irá ajudar, 8% que sim e 2% não souberam opinar. Para 92% dos entrevistados o “culpado” pela situação econômica brasileira é o presidente Lula; apenas 5% disseram que Haddad é o responsável. 

Segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest, a explicação para a avaliação negativa do governo “está na percepção generalizada no mercado que a política econômica do país está indo na direção errada: apenas 7% defendem a política econômica atual”.

A pesquisa Genial/Quaest apontou ainda que o ministro Fernando Haddad, que até o fim de 2024 ainda contava com certo respaldo do mercado, agora despencou. Apenas 10% dos entrevistados avaliam a atuação do ministro como positiva, contra 41% na última pesquisa. Para 85% dos agentes financeiros, a influência do ministro dentro do governo Lula perdeu força.

Galípolo “forte”

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foi o único a receber avaliação favorável. Para 45% dos entrevistados, sua atuação tem sido positiva, enquanto 41% consideram sua gestão regular e 8% a classificam como negativa.

Para Felipe Nunes, “esse voto de confiança (para Galípolo) está sob avaliação”. Isso porque 58% disseram achar cedo para avaliar se Galípolo está tomando decisões mais técnicas ou mais políticas no comando do Banco Central.

Pesquisa Genial/Quaest

* 93% acreditam que a economia

do país está na direção errada;

* 83% esperam que a situação

econômica piore nos próximos 12 meses;

* 58% consideram que o Brasil corre

risco de entrar em recessão em 2025;

* 82% acreditam que a inflação

será maior do que em 2024.

‘Lula é pior que Bolsonaro’

Pesquisa PoderData (Portal Poder 360) realizada entre os dias 15 e 17 de março, mostra que a taxa dos que preferem a atual gestão variou negativamente 1 ponto percentual em 2 meses, para 32%. Desde a posse, caiu 14 pontos percentuais. É a 4ª vez desde o início do mandato que Lula fica atrás de Bolsonaro, constatou a PoderData.

O Governo Lula 3 é considerado “pior” que o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por 44% dos eleitores. A taxa oscilou 2 pontos percentuais desde janeiro e atingiu o maior patamar já registrado pelo PoderData desde o início deste 3º mandato de Lula. O número de entrevistados que não veem diferença significativa entre a administração petista e a bolsonarista é o mesmo que o registrado em janeiro: 22%. Outros 2% não souberam responder.

A mesma pesquisa constata que a atual gestão de Lula é desaprovada por 53% dos eleitores. A taxa oscilou para cima em 2 pontos percentuais em 2 meses. No mesmo período, a aprovação variou de 42% para 41%.