Política

Paraná tem 62 candidatos impedidos

Curitiba – O candidato ao governo do Paraná Ogier Buchi (PSL) teve a candidatura indeferida pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Depois de aprovar o nome de Ogier Buchi em convenção, em agosto, o PSL seguiu orientação do presidenciável Jair Bolsonaro, que resolveu de última hora apoiar o candidato Ratinho Jr (PSD) e não registrou a candidatura própria no Estado. Ogier Buichi insistiu e fez o registro por conta própria. Agora recorreu da decisão unânime do tribunal que rejeitou a candidatura. O nome dele ainda vai aparecer nas urnas.

O Paraná tem 14 candidatos que foram impedidos de concorrer. Outros 62 tiveram as candidaturas indeferidas, mas entraram com recurso e poderão disputar; e 115, como o candidato ao Senado Beto Richa (PSDB), ainda dependem de decisão do TRE, mas serão julgados somente depois das eleições. O prazo para julgar as impugnações terminou na última segunda-feira (17).

Segundo balanço do TRE divulgado nessa quarta-feira (19), 1.064 candidatos tiveram as candidaturas aprovadas no Paraná. Outros 29 desistiram de concorrer depois de fazer o registro. Entre as candidaturas que não tiveram julgamento concluído, e devem ser julgadas depois das eleições, está a do ex-governador Beto Richa. A impugnação, ou contestação, foi feita pelo Ministério Público Eleitoral e partidos adversários.

Um dos processos está em sigilo. É referente à condenação de Richa por escala não autorizada em Paris em 2015 durante viagem oficial. O TRE negou tornar Richa inelegível, mas o MPE entrou com recurso. Outra ação foi movida pelo MDB do senador Roberto Requião, que questiona a atuação de Richa em eventos oficiais do governo mesmo após ter se desincompatibilizado.

De acordo com o TRE, não houve tempo hábil para concluir os julgamentos. O registro de Richa está sub judice, ou seja, o nome do candidato vai para a urna e depois será julgado.

Ogier Buchi é o único entre os dez candidatos ao governo do Paraná que teve a candidatura indeferida. Ele declarou que vai recorrer e, por enquanto, segue autorizado a manter a campanha sub judice até decisão final do Tribunal Superior Eleitoral.

A candidata do PSL ao Senado, Rolelaine Ferreira, também teve o registro indeferido. O motivo, segundo o TRE, é ausência de documentos obrigatórios ao registro. O outro candidato ao Senado do PSL, Professor Wilson Picler, desistiu de concorrer.