Cascavel - Com o encontro com as urnas de 2026 se aproximando a passos largos, os bastidores da política cascavelense já fervilham. O tabuleiro do xadrez eleitoral vai ganhando forma e veteranos e “novatos” já começam os primeiros movimentos. Enquanto alguns querem manter o status quo, aqueles que estão fora tentam se colocar novamente no cenário e outros buscam subir alguns degraus rumo à Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) ou até mesmo à Câmara Federal.
Com 54 vagas em disputa na Alep e 30 cadeiras na Câmara dos Deputados reservadas ao Paraná, a corrida promete ser acirrada.
Assembleia
Entre os cotados, figuram nomes que há tempos ensaiam voos mais altos e outros que talvez estejam apenas mirando um holofote maior.
Com uma boa performance nas urnas e uma base eleitoral sólida, Tiago Almeida (Republicanos), atual presidente da Câmara de Cascavel e recordista de votos nas últimas eleições municipais, já se movimenta como quem sabe que está “pronto” para a Assembleia. A expressiva votação no ano passado e a articulação que levaram o jovem do Santa Felicidade a ocupar a presidência da Casa, credenciam Tiago para a disputa.
No Progressistas, Valdecir Alcântara também é nome ventilado para a Alep. De perfil discreto, mas com boas articulações no interior, pode surpreender. Na outra ponta ideológica está Bia Alcântara (PT), que deve carregar a bandeira da esquerda cascavelense na corrida estadual.
Também já existem conversas de corredor que o vereador Everton Guimarães (PMB) também aparece entre os nomes possíveis. Já o ex-presidente da Câmara, Alécio Espínola (PL), é outro que pode tentar retornar aos holofotes.
“Pesos pesadas”
Mas estes “novatos”, se entrarem de fato na briga, vão disputar espaço com pesos-pesados da atual legislatura estadual: Gugu Bueno (PSD), Batatinha (MDB) e Professor Lemos (PT), que já têm mandato e, claro, vantagem.
E claro, o nome de Leonaldo Paranhos (PL), ex-prefeito de Cascavel, ronda qualquer disputa futura, embora ainda não tenha cravado candidatura.
De olho em Brasília
Entre os vereadores que pensam mais alto, Fão do Bolsonaro (PL) é nome cogitado para 2026. Com base clara, o eleitor bolsonarista, Fão já pensa alçar voo para Brasília.
Henrique Mecabô (Novo), vice-prefeito de Cascavel, também já é cogitado para ensaiar nova tentativa à Câmara Federal — depois de não ter se elegido em 2022. O discurso da gestão técnica e da renovação pode funcionar, enquanto o Novo busca ganhar musculatura no interior do estado.
Eles enfrentarão a força de nomes já estabelecidos em Brasília, como Nelsinho Padovani (União Brasil). Marcio Pacheco (PP), atualmente na Alep, já anunciou que buscará uma cadeira em Brasília — o que pode reorganizar os tabuleiros estaduais e federais.
Além disso, há outros pesos pesados que sempre aparecem quando a urna chama: Hermes Parcianello, o “Frangão”, Evandro Roman e Alfredo Kaefer, ex-deputados federais com larga experiência em Brasília, também podem engrossar a disputa.