Política

Mourão critica 13º salário: “é jabuticaba brasileira”

São Paulo – Candidato a vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) disse que o 13º salário é uma "jabuticaba brasileira", uma "mochila nas costas dos empresários" e "uma visão social com o chapéu dos outros". "Jabuticabas brasileiras. Décimo terceiro salário. Se a gente arrecada 12 [meses], como pagamos 13? É complicado… É o único lugar em que a pessoa entra em férias e ganha mais. Coisas nossas, legislação que está aí. É sempre a visão dita social com o chapéu dos outros, não com o chapéu do governo”, disse Mourão em palestra no Clube dos Diretores Lojistas de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, na quarta-feira (26).

"[Vamos fazer] a implementação séria da reforma trabalhista. Sabemos perfeitamente o custo que tem o trabalhador, essa questão de imposto sindical em cima da atividade produtiva. É o maior custo que existe. E temos algumas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário", completou o militar.

A manifestação de Mourão soma-se a outras de ampla repercussão que proferiu nas últimas semanas. Ele afirmou que casas com apenas mães e avós são "fábricas de desajustados" e chamou países latino-americanos e africanos com os quais o Brasil teve relações comerciais de "mulambada".

Cala-boca

Depois desses episódios, o general foi repreendido por Bolsonaro e, por decisão da cúpula da campanha, ouviu que não deveria mais participar de eventos públicos com frequência. Com o cala-boca, de sexta-feira (28) até quinta-feira (4), Mourão tem apenas compromissos fechados em sua agenda, sem acesso da imprensa ou do público. A coligação também o proibiu de participar de todos os debates de candidatos a vice até o primeiro turno, marcado para 7 de outubro.

Em tempo: a expressão jabuticaba brasileira tem uso para coisa que acontecem no País, visto que a fruta é típica do Brasil.

Previsão de alta de Bolsonaro é adiada

Após constatar infecção bacteriana no cateter usado no candidato do PSL, Jair Bolsonaro, a saída do presidenciável do hospital foi adiada. A previsão inicial era de que o presidenciável teria alta hospitalar nesta sexta-feira. De acordo com pessoas próximas ao presidenciável, o quadro foi constatado após a retirada do cateter na quarta-feira. Bolsonaro está internado no Hospital Israelita Albert Einstein desde o dia 7 de setembro após sofrer um atentado a faca em Juiz de Fora (MG) no dia 6.

O médico do candidato de Bolsonaro, Antônio Luiz Macedo, confirmou a contaminação no cateter que estava no braço do presidenciável. Segundo Macedo, a bactéria encontrada é um germe simples de pele, de “fácil tratamento”. O médico afirmou que Bolsonaro deve ter alta já neste fim de semana.