O processo que tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná e que pode levar à cassação do mandato do Senador Sergio Moro (União Brasil) já está movimentando os bastidores da política paranaense e alguns partidos já projetam, inclusive, uma nova eleição suplementar para o Senado.
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou ontem (26) uma nova sondagem de intenção de votos projetando a possível eleição suplementar. De acordo com os números apresentados, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, venceria o pleito em três dos seis cenários montados e Alvaro Dias ganharia em outros dois cenários e a deputada federal Gleisi Hoffmann, em um, sem a participação de Michele e Alvaro.
Espontâneo
No cenário espontâneo, 83,8% dos entrevistados disse que não saber em quem votaria, já ninguém, brancos e nulos somam 7,9%. O candidato mais lembrado nesse cenário é o atual senador Sergio Moro que aparece com 2,9%, Gleisi Hoffmann 1,3%, Alvaro Dias 1,1%, Paulo Martins 0,07%, Ratinho Junior 0,6%, Requião 0,6%, Deltan Dallagnol 0,2%, Michele Bolsonaro 0,2%, Beto Richa 0,1%, Ricardo Barros 0,1% e outros nomes são 0,05%.
Cenários Estimulados
Já nos cenários estimulados, quando o entrevistador apresenta o nome dos candidatos, a ex-primeira-dama é a favorita. No primeiro cenário, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro tem 35,7% das intenções de voto, seguida do ex-senador Alvaro Dias com 24,4%, a deputada federal Gleisi Hoffmann soma 16,2%, a deputada federal por São Paulo Rosângela Moro tem 7,4%, o ex-deputado federal Ricardo Barros soma 4,9% e Sérgio Souza 1,5%; Não sabe/não opinou 3,7% e brancos 6,29%.
No segundo cenário, sem Rosângela Moro, Michelle Bolsonaro tem 39,3%, Alvaro Dias 26%, Gleisi Hoffmann soma 16,5%, Ricardo Barros 5,3% e Sérgio Souza 1,7%. Não sabe/não opinou 4,2% e bancos 6,9%. No terceiro cenário, sem Alvaro Dias, Michelle Bolsonaro tem 44,3%, Gleisi Hoffmann 21,8%, Ricardo Barros 11,5% e Sérgio Souza 2,6%. Não sabe/não opinou 5,9% e brancos 13,8%.
No quarto cenário, sem Michelle Bolsonaro, Alvaro Dias soma 29,8%, Rosângela Moro 17,9%, Gleisi Hoffmann 16,1%, Paulo Martins 11,3%, Ricardo Barros 7% e Sérgio Souza 1,7%. Não sabe/não opinou 4,8% brancos 11,4%. No quinto cenário, sem Michelle Bolsonaro e Rosângela Moro, Alvaro Dias tem 34,45%, Gleisi Hoffmann 16,7%, Paulo Martins 14,3%, Ricardo Barros 9,1% e Sérgio Souza 2,1%. Não sabe/não opinou 5,8% e brancos 17,6%.
No sexto e último cenário, sem Alvaro Dias, Michelle Bolsonaro e Rosângela Moro, Gleisi Hoffmann tem 22,3%, Paulo Martins 18,8%, Ricardo Barros 17,4% e Sérgio Souza 3,5%. Não sabe/não opinou 8,6% e brancos 29,4%.
A pesquisa foi realizada de 19 a 23 de outubro em 72 municípios paranaenses. Foram ouvidos 1.556 eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Valdemar garante Martins
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, fica “feliz“, mas que não será candidata ao Senado pelo Paraná. “Michelle outro dia comentou comigo, sem eu perguntar, que não tem interesse nesse negócio do Paraná. Está super dedicada ao PL Mulher. É claro que ela deve estar super feliz, mas ela teria esse prestígio em qualquer lugar do país. Já falei com o Paulo Martins, que é o candidato do partido”.
Cenário Estimulado (clique na imagem para ampliar)
Paranaense não aprova Lula
O Paraná Pesquisas também questionou os entrevistados sobre a avaliação e aprovação da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a pesquisa, 38,9% aprova a administração, enquanto 56,3% desaprova, outros 4,8% não sabe ou não opinou.
Quanto a avaliação, 26,4% considera ótima ou boa, 24,7% regular e 47,2% considera ruim ou péssima, 1,7% não sabe ou não opinou.
Avaliação Governo Lula (clique na imagem para ampliar)
Governo do Estado
O Instituto Paraná Pesquisas também realizou um levantamento sobre a avaliação e aprovação do segundo mandato do governador do Paraná, Ratinho Junior. De acordo com os números apresentados, 76,9% dos entrevistados aprovam a administração de Ratinho, 17,7% desaprovam e 5,4% não sabe/ não opinou. Já quanto a avaliação da gestão, 58,6% dos entrevistados considera ótima ou boa, 28,6% regular e 11,3% ruim ou péssima. 1,5% não sabe ou não opinou.
