Foz do Iguaçu – O juiz da 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, Pedro Aguirre, definiu a audiência de mais 50 corréus na Operação Pecúlio, que investiga um esquema de corrupção articulado dentro da Prefeitura de Foz. As testemunhas foram indicadas pela defesa do ex-prefeito Reni Pereira (PSB), apontado como líder do esquema de corrupção instalado enquanto esteve à frente da prefeitura.
As audiências na sede da Justiça Federal começam no dia 11 deste mês e seguem até o dia 29. Todos serão ouvidos na condição de informantes por já figurarem como denunciados nas ações penais das operações Pecúlio e Nipoti, esta última dedicada a apurar o pagamento de um “mensalinho” a vereadores em troca de apoio político na Câmara.
O rol de testemunhas inclui ex-secretários municipais, ex-diretores e ex-vereadores.
Sétima fase
A Operação Pecúlio já está na sétima fase. O ex-prefeito Reni Pereira foi preso na quarta fase e hoje cumpre prisão domiciliar. No último dia 24, ele foi conduzido coercitivamente à delegacia da Polícia Federal para prestar esclarecimentos na 7ª fase, que investiga valores de plantões médicos fictícios lançados em benefício de uma empresa credenciada na prefeitura a profissionais da saúde e a agentes públicos.
O ex-prefeito nega todas as acusações.
Histórico
1ª fase – deflagrada no dia 19/04/2016 (84 mandados): foram alvos, entre outros, o ex-secretário de tecnologia da informação e o ex-secretário de planejamento. O então prefeito foi levado para depor sob condução coercitiva.
2ª fase – deflagrada no dia 03/05/2016 (sete mandados): novas informações levaram os policiais à Secretaria de Obras. Foram presos preventivamente o ex-titular da pasta e o ex-diretor de pavimentação.
3ª fase – deflagrada no dia 21/06/2016 (31 mandados): as investigações trataram de irregularidades em licitações para prestação de serviços; nove pessoas foram presas preventivamente.
4ª fase – deflagrada no dia 14/07/2016 (um mandado de prisão): o TRF4 determinou a prisão domiciliar e afastamento do cargo do então prefeito Reni Pereira. No fim de outubro, o STJ revogou a prisão, mas manteve o impedimento político.
5ª fase, chamada de Nipoti – deflagrada no dia 15/12/2016 (78 mandados): foram presos 12 dos 15 vereadores da cidade. As investigações tratam do suposto pagamento de um “mensalinho” aos parlamentares em troca de apoio político na Câmara.
6ª fase, chamada de Nipoti 2 – deflagrada no dia 16/12/2016 (67 mandados): continuidade dos procedimentos do dia anterior.
7ª fase – deflagrada no dia 24/08/2017 (14 mandados de condução coercitiva): são investigados os supostos pagamentos de plantões médicos fictícios. Segundo a PF, Reni Pereira sabia das irregularidades e, inclusive, pediu para que os valores fossem pagos.