Política

Governo corre para protocolar proposta dos militares na quarta

O novo regime de Previdência deve aumentar o salário médio do trabalhador no Brasil

Whashington – O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nessa segunda-feira (18), na capital dos Estados Unidos, que o governo vai correr para ver se a proposta de reforma da Previdência dos militares entra no Congresso nesta quarta-feira (20). “Todo o mundo entrou na reforma da Previdência e militares têm que entrar também”, disse ele a jornalistas.

Em Washington, Guedes ressaltou que, se economia com a reforma for menor de R$ 1 trilhão, o “compromisso com futuras gerações será relativo”.

Sobre os militares, o ministro disse que o texto vai ser avaliado pelo presidente Jair Bolsonaro, que em seguida vai mandar as medidas para o Congresso.

Guedes afirmou que o novo regime de Previdência vai aumentar o salário médio do trabalhador no Brasil. “A nova Previdência vai dar uma choque de empregabilidade”, afirmou o ministro. “A nova Previdência vai democratizar a poupança e reduzir encargos.”

O ministro disse ainda que na proposta de reforma da Previdência, o governo vai criar um novo regime de capitalização. “Há um custo de transição”, disse ele.

Maia: é viável aprovar reforma no 1º semestre

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nessa segunda-feira, que é viável aprovar a reforma da Previdência na Casa ainda no primeiro semestre deste ano. Segundo ele, os defensores da reforma precisam convencer os 320 deputados sobre a importância das mudanças nas regras previdenciárias. “Não temos 320 deputados que foram eleitos com a agenda da reforma da Previdência. Temos que mostrar aos 320 a importância da reforma. Nós, que defendemos a urgência e a decisiva reforma da Previdência, precisamos mostrar a 250, 280 deputados que não foram eleitos com essa agenda, que, para que o Brasil volte a investir, a gente precisa da reforma da Previdência”, disse Maia.

Maia nega que tenha havido perda de apoio da reforma na Câmara, mas não quis revelar com quantos votos favoráveis a medida pode contar.