Política

Frotas do Estado: CPI quer saber o que PGE fez sobre a JMK

Curitiba – O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da JMK, da Assembleia Legislativa, deputado estadual Soldado Fruet (Pros), quer saber quais as medidas judiciais e extrajudiciais tomadas pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado) para defender os cofres públicos em razão das irregularidades no contrato com a gestora da manutenção da frota de 52 órgãos estaduais entre janeiro de 2015 e maio de 2019. Dois requerimentos com diversos questionamentos do Soldado Fruet à PGE estão na pauta da reunião desta quarta-feira (7) da CPI, a partir das 9h.

“Vários integrantes e ex-integrantes do governo do Paraná confirmaram nos depoimentos à CPI que havia muitas reclamações tanto de órgãos públicos quanto de oficinas credenciadas pela JMK”, aponta Fruet, detalhando que as queixas vão desde demora para execução dos consertos e atraso nos pagamentos até adulteração de orçamentos, direcionamento e superfaturamento dos serviços.

“Se havia problemas nesse contrato – e isso é notório -, o Estado não podia ficar omisso. Queremos saber quais providências legais o governo adotou para proteger o interesse público e garantir o bom funcionamento dos serviços ao cidadão, como saúde e segurança”, acrescenta.

A CPI da JMK também votará requerimento para que a Secretaria Estadual da Administração e Previdência forneça cópia integral dos processos administrativos instaurados para verificar irregularidades no contrato com a JMK.

Oitiva

Na reunião dessa terça-feira (6), foram interrogados três ex-diretores do Deto (Departamento de Gestão do Transporte Oficial). Eles confirmaram ter ouvido donos de oficinas relatando que a JMK pedia “desconto” e parcelamento das faturas, além da taxa de administração mensal de R$ 0,10 por veículo reparado, mas citaram que a maioria das queixas não era formalizada.

Um deles, Paulo Enéas Borges Bueno Netto, que esteve à frente do Deto entre setembro de 2018 e janeiro de 2019, revelou que pediu a abertura de cinco processos administrativos contra a JMK e que outros cinco processos contra a empresa foram abertos na atual gestão.

Nesta quarta-feira devem ser ouvidos dois ex-diretores do Deto (Ernani Augusto Delicato e João Maria Santos) e o atual, Marco Antônio Ramos.