Reportagem: Josimar Bagatoli
Com um orçamento total previsto em R$ 1,506 bilhão para o ano que vem, algumas áreas foram privilegiadas com investimentos no último ano do mandato do prefeito Leonaldo Paranhos (PSC). A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2020 está em avaliação nas comissões permanentes da Câmara de Cascavel.
Embora não seja a secretaria que mais receberá verbas, a Agricultura dobrou o valor: terá R$ 25,2 milhões em caixa; em 2019 foram reservados R$ 12,9 milhões.
O foco da atual gestão será a conservação das vias na área rural – apenas em conservação das estradas do campo serão gastos R$ 10,4 milhões. Paranhos já anunciou que fixará por lei municipal o mínimo gasto obrigatoriamente na área rural a partir de 2021.
Saúde e Educação estão no topo e ambas tiveram elevação de 9% no orçamento de 2020. Saúde terá R$ 345,5 milhões, dos quais 77% (R$ 194 milhões) apenas para pagar os salários dos servidores. No planejamento da pasta consta o Hospital Municipal de Retaguarda, que demandará R$ 15,2 milhões. Para o PAI (Programa de Internamento Imediato) estão reservados apenas R$ 122 mil. No entanto, chama a atenção o gasto com o Consamu (R$ 29,3 milhões), a UPA Tancredo (R$ 10,1 milhões) e o Cisop (R$ 9,4 milhões).
Já a Secretaria de Educação terá R$ 317,7 milhões, que também gasta muito com funcionalismo: 67% (R$ 189,3 milhões em salários). Só na merenda serão destinados R$ 13,3 milhões e mais R$ 11,7 milhões para o transporte escolar.
Na comparação com o orçamento deste ano com o estimado para 2020 é possível verificar que a Secretaria de Meio Ambiente terá cortes e não há nada previsto em relação ao Lago Municipal, muito menos conservação de nascentes. A redução é de 9,8% na destinação de verbas ao setor. Ano que vem serão R$ 64 milhões.
Há expectativa da conclusão de ações já iniciadas, como os Ecopontos (R$ 3,9 milhões). Para limpeza pública, o Município destinará R$ 39,7 milhões, aumento de 4,3% repassados mensalmente à OT Ambiental.
Origem dos recursos
Em 2020, a prefeitura espera receber: R$ 500.799.835,15 entre impostos, taxas e contribuições de melhorias; R$ 69.731.024 em contribuições; R$ 55.023.160 em receita patrimonial; R$ 306.000 em receita agropecuária; R$ 2.720.610 em receita industrial; R$ 29.026.800 em receita de serviços; R$ 644.148.021 transferências correntes; R$ 17.745.500 em outras receitas correntes; R$ 73.773.976 em receitas correntes intraorçamentárias; R$ 117.520.073,85 em receitas de capital; R$ 40.732.000 em operações de crédito; R$ 6.828.390 alienação de bens e R$ 69.959.683,85 em transferências de capital.
Embora apresente meta de R$ 1,5 bilhão em 2020, a prefeitura, que este ano tinha previsão de arrecadação de R$ 1,142 bilhão, até agosto arrecadou apenas R$ 602 milhões e tem apenas quatro meses para angariar 47% e atingir a estimativa.