No dia 7 de janeiro deste ano, por volta das 8h30, o funcionário público estadual Juan Christian Talavera Márquez deixou a sua residência em Foz do Iguaçu e não retornou mais. Desde então, não fez nenhum contato com os seus familiares ou amigos.
O caso foi registrado na 6ª Delegacia de Polícia Civil em Foz do Iguaçu. Em quase dois meses do desaparecimento, a família de Juan Talavera questiona o que considera ser uma negligência das autoridades, devido à falta de ações concretas que possam localizá-lo.
Educador social da Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos do Governo do Paraná, Juan Talavera tem 35 anos, é argentino com cidadania brasileira e mora em Foz do Iguaçu há 32 anos. Sua família, com o apoio de amigos, veicula nas redes sociais anúncio com dados e foto dele, bem como telefone de contato para obter informações do servidor público.
Irmã de Juan, Isel Talavera conta que buscou ajuda em órgãos federais do Brasil, Paraguai e Argentina. “Pedimos ajuda nos consulados da Argentina e do Paraguai, assim como à Polícia Federal em Foz do Iguaçu. Vamos continuar com esses contatos nesta semana”, informa.
Isel revela que o desaparecimento do irmão e a falta de informações sobre o seu paradeiro abalaram a família. Sua mãe, de 72 anos de idade, está bastante doente e abatida com a ausência do filho. Desde janeiro, a vida dos familiares de Juan Talavera destina-se a procurá-lo todos os dias.
Qualquer informação sobre Juan pode ser comunicada pelo telefone/WhatsApp (45) 99982-8575 ou 3524-2442. A família ainda solicita que as pessoas interessadas em ajudar compartilhem nas redes sociais o anúncio sobre o desaparecimento do funcionário público.
Direitos Humanos ajudam no caso
Em assembleia nesse sábado (2), o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu (CDHMP) deliberou sobre uma série de ações para contribuir com a busca de informações sobre a localização de Juan Talavera. A primeira medida é ampliar o comunicado do desaparecimento nas redes sociais e canais de imprensa.
A entidade irá questionar formalmente as iniciativas tomadas pelas autoridades públicas iguaçuenses até o momento para encontrar Juan e exigir maior empenho. O CDHMP ainda irá fazer comunicados, requerendo o apoio no caso, ao procurador coordenador do Centro Operacional das Promotorias Públicas de Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná, Dr. Olympio Sotto Maior, e à Dra. Débora Duprat, procuradora federal dos Direitos do Cidadão.
As questões jurídicas relacionadas ao desaparecimento de Juan Talavera serão abordadas na pauta da próxima reunião do Núcleo de Advogados pela Democracia. Esse colegiado de operadores do direito é vinculado ao CDHMP.