A exclusão da família produz consequências graves
O desejo mais profundo é sentir-se aceito pela família. A pessoa se sente completa quando todos aqueles que pertencem ao sistema familiar são reconhecidos e honrados. Por isso, a dor mais profunda é causada quando um membro é excluído.
Quem não conhece histórias em que, por exemplo, um filho fora do casamento não é reconhecido, assim como aquele que se apropriou dos bens da família ou que matou algum de seus membros é desprezado pelos demais. Muito frequente também é ignorar que pertençam à família os filhos abortados ou natimortos, assim como os ex-parceiros dos pais. A maneira mais frequente de excluir um membro é silenciar sobre ele. Funciona como uma proibição – um tabu – de mencionar seu nome.
E o que acontece quando é negado o direito ao pertencimento a algum membro, ou seja, quando é excluído da família? A experiência das Constelações Familiares mostra que, em geral, nesses casos um membro posterior da família assume o lugar do membro excluído podendo ter sentimentos, modo de vida, doença e até morte semelhante ao da pessoa excluída.
A prática da exclusão cobra seu preço. E muitas vezes o preço é elevado! Não poucas vezes encontramos casos de pessoas que têm tendências suicidas, outras sofrem de depressão profunda, outras chegam a manifestar tendências assassinas. Não poucas vezes também encontramos casais que brigam por questões insignificantes sem que eles mesmos entendam por que. Outras vezes nos deparamos com pessoas que não conseguem manter um casamento e vivem em separações sucessivas.
A exclusão de um membro da família – seja silenciando sobre ele, seja pela rejeição e desprezo ostensivos – sobrecarrega o sistema familiar. Nenhuma exclusão fica impune. Sempre um membro inocente paga o preço.
JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO AMES são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar
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