Cascavel - Imagine sentir uma dor tão intensa que compromete sua rotina, seus relacionamentos e seus sonhos. Agora, imagine que essa dor seja constantemente minimizada, ignorada ou considerada “normal”. Essa é a realidade de milhares de mulheres que convivem com a endometriose.
A endometriose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero. Essa condição pode causar dores incapacitantes, especialmente durante o período menstrual, além de afetar a fertilidade e a qualidade de vida das mulheres.
Segundo o Ministério da Saúde, a endometriose afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil. Em 2024, os atendimentos relacionados à doença na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS) aumentaram 76,2% em três anos, totalizando 145.744 registros. Esse aumento reflete tanto a crescente conscientização sobre a doença quanto à necessidade urgente de diagnóstico e tratamento adequados.
O diagnóstico da endometriose ainda é um desafio. Muitas mulheres levam anos para obter um diagnóstico preciso, enfrentando uma jornada marcada por consultas, exames e, muitas vezes, descrédito. Os sintomas mais comuns incluem cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais, dor pélvica crônica e dificuldade para engravidar.
É fundamental que a sociedade compreenda que a dor intensa durante a menstruação não é normal e que a endometriose é uma condição médica séria que requer atenção e cuidado. Mulheres que apresentam sintomas devem procurar atendimento médico e exigir uma investigação adequada.
Neste Dia Nacional de Luta Contra a Endometriose, a Associação Médica de Cascavel reforça seu compromisso com a saúde das mulheres. É hora de romper o silêncio, ouvir as dores e agir com empatia e responsabilidade. Porque toda mulher merece viver sem dor e com dignidade.