Cotidiano

Utilidade pública

Na sessão ordinária de ontem, o vereador Paulo Porto (PCdoB) apresentou um projeto de lei que torna a Associação Olhar Down Cascavel, utilidade pública. “Venho à tribuna dizer que me sinto honrado por dois motivos: primeiro por ter sido procurado pelos companheiros do Olhar Down para apresentar esta lei, e segundo, por justamente propor esta lei que tem como objetivo declarar como utilidade pública a entidade Olhar Down no município de Cascavel. Uma proposição que aposta na humanização e no combate ao preconceito em um momento no qual o discurso do ódio se levanta em todo país, em especial ódio a diversidade e a diferença”, destacou o vereador. O projeto de Lei foi aprovado em primeira votação, com 16 votos favoráveis e nenhum voto contrário. A segunda votação será na sessão ordinária hoje.

De acordo com a presidente da associação, Marcia Joana Krokoscz Martignoni, a partir desta Lei a associação poderá captar recursos que possibilitarão que projetos sejam postos em prática. “Hoje temos um projeto de acolhimento e sonhamos com um projeto de estimulação precoce para os bebês. Hoje a Apae faz este trabalho, mas existe fila de espera. É muito importante que os bebês sejam muito estimulados a partir dos 30 dias de vida. Para isso precisamos de recursos, nós não temos uma sede própria, também vamos precisar de profissionais como fisioterapeuta e fonoaudiólogo”, explicou.

Histórico

A entidade Olhar Down foi fundada em 24 de fevereiro de 2000 por pais, profissionais, amigos e pessoas com Síndrome de Down. E uma entidade sem fins lucrativos e atual em Cascavel e região. Entre seus principais objetivos está em construir uma rede apoio aos familiares e as pessoas com Down assim como o de promover meios para o desenvolvimento de atividades extra-curriculares, movimentos, clubes, atividades culturais e recreativas assim como firmar parcerias e convênios.

Contra o preconceito

Sempre no sentido de combater o preconceito e garantir direitos, acessibilidade e vida plena as pessoas com Down, como por exemplo, a garantia da Lei 9.394 que obriga instituições de ensino regular a aceitar crianças com deficiência, no entanto na prática, muitas escolas não estão preparadas para receber os alunos, como consequência, muitas vezes, pais de crianças com síndrome de Down enfrentam alguns problemas para realizar a matrícula de seus filhos. O papel de entidades com o Olhar Down é justamente cobrar política e políticas públicas que garantam o respeito e a plena realização das pessoas com Down.