Cotidiano

Transplante de rim: Hospital do Coração volta a ser credenciado

O hospital vinha postergando a regularização desde 2015

Cascavel – Quase três meses após a suspensão do credenciamento para realização de transplantes de rim, o Hospital do Coração (Salete), em Cascavel, regularizou a situação e obteve a licença da vigilância sanitária, principal fator que levou à paralisação dos atendimentos.

A Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) realizou videoconferência ontem (17) com representantes da 10ª Regional de Saúde, da Central Estadual de Transplantes Hospital do Coração e médicos das clínicas que realizam captação de órgão para tratar dos detalhes do retorno na unidade.

O credenciamento foi suspenso pelo Estado no fim do mês de setembro porque o hospital não apresentou os documentos necessários para a renovação do serviço, especialmente a licença da Vigilância Sanitária, que foi emitida apenas na última semana.

O hospital vinha postergando a regularização desde 2015. TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) foram firmados, mas, diante do não cumprimento, o Ministério Público não aceitou nova pactuação.

A reportagem entrou em contato com representantes do hospital e questionou quais foram as intervenções realizadas na unidade para a regularização e qual a data de retomada dos procedimentos, mas até o fechamento da edição não houve retorno.

 

Pacientes comemoram

Com a suspensão, os pacientes que aguardavam por transplante e aqueles que já fizeram a cirurgia e fazem acompanhamento médico precisavam ir ao Hospital Angelina Caron, de Campina Grande do Sul. Segundo a Pró-Renal Oeste, associação dos transplantados, somente em novembro cinco transplantes foram feitos.

O transporte dos pacientes ficou por conta da Prefeitura de Cascavel, mas para muitos pacientes a viagem era motivo de sofrimento. “Meu tio precisou ir até lá fazer o acompanhamento e foi muito sofrido para ele. Além do problema no rim, ele tem muita dor nas pernas e uma série de outras complicações… Esperamos que volte logo a ser atendido aqui, em Cascavel”, conta o familiar de uma paciente.

Para José David Rhoden também faz o acompanhamento. “Fomos todos bem atendidos, tanto no hospital quanto pela Prefeitura de Cascavel, os problemas estão na distância, no cansaço e nos riscos que corremos nas viagens, por isso gostaríamos que fosse solucionado o problema”.